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Venda de máquinas agrícolas cai 19,2% no primeiro semestre de 2014

Anfavea espera que retorno do Moderfrota cause reação das vendas até o final do anoA Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou seu balanço nesta quarta, dia 6. No período de janeiro a julho foram vendidas 39.395 unidades,19,2% a menos que no mesmo período de 2013. As vendas internas no atacado atingiram 6.396 unidades em julho, um recuo de 16% na comparação com julho de 2013. O desempenho refletiu a demora na confirmação do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que só saiu no final de janeiro.

A produção de máquinas agrícolas chegou a 8.788 unidades em julho, caindo 7,7% ante julho de 2013. De janeiro a julho deste ano, a produção acumula queda de 15,1% frente ao mesmo período de 2013, terminando 49.174 unidades.

As exportações de máquinas agrícolas em valores totalizaram US$ 224,662 milhões em julho, queda de 31,5% ante julho de 2013. As exportações de máquinas agrícolas em valores caíram 13,3% no acumulado de janeiro a julho deste ano sobre igual período do ano passado, para US$ 1,75 bilhão. Foram exportadas 1.320 unidades em julho, recuo de 2,6% sobre 2013. As exportações de máquinas agrícolas caíram 5,8% no acumulado de janeiro a julho deste ano sobre igual período do ano passado, para 7.884 unidades.

O segmento espera que com a retomada do Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) as vendas desses equipamentos cresçam nos próximos cinco meses do ano.

– As taxas (do Moderfrota) são semelhantes às do PSI com a vantagem de adotar o calendário da safra brasileira, que vai de julho a junho seguinte – disse Ana Helena de Andrade, vice-presidente da Anfavea e executiva da AGCO no Brasil.

Ela lembrou que até junho só era possível usar os recursos do Moderfrota para a compra de máquinas usadas. Depois o programa foi estendido ao financiamento de máquinas novas. Para a executiva da Anfavea, a perspectiva de aumento da área plantada em 2014/2015 e, consequentemente, da produção também deve estimular a troca de maquinário no atual ciclo.

O Plano Safra, anunciado em maio pelo governo, definiu recursos de R$ 156,1 bilhões para a agricultura familiar, que devem, segundo a Anfavea, levar a um incremento de 4% na área e 9% na produção.

– Os agricultores terão de aumentar sua produtividade e aumento de produtividade significa aquisição de máquinas – declarou Ana Helena.

Questionada sobre o efeito que a redução de preços das commodities agrícolas no mercado internacional possa ter nos investimentos, como a queda na aquisição de maquinário, a vice-presidente da Anfavea relativizou:

– Não ao ponto de fazer com que o segundo semestre seja pior que o primeiro – disse.

Para o segundo semestre, a Anfavea espera uma produção de aproximadamente 46,6 mil unidades, um avanço de 15,3% sobre o volume do primeiro semestre, de 40,4 mil. As vendas internas no atacado devem subir 21,9% na mesma comparação, de 32,9 mil unidades para 40,1 mil. As exportações, por sua vez, devem crescer 12,1%, de 6,6 mil unidades para 7,4 mil.

Mesmo com a esperada recuperação no segundo semestre, o segmento deve fechar o ano com uma produção 13,3% menor que a de 2013. A Anfavea também espera uma retração de 12% nas vendas internas e de 10,3% nas exportações. Ainda assim, os números não são considerados ruins pela entidade, levando em conta o desempenho dos últimos anos. No ano passado, o mercado registrou recorde de vendas, com 83.078 máquinas comercializadas, um avanço de 18,4% sobre 2012. Mas o ano de 2012 já havia sido positivo e o resultado de 2014 deve ficar no mesmo patamar.

De acordo com a empresária, o mercado de colheitadeiras foi o mais afetado em 2014, pois o período de maior demanda é de dezembro a fevereiro e o PSI passava, na virada do ano, por um momento de regularização do calendário e ajuste de contas, dificultando a contratação de linhas de financiamento por parte dos produtores.

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