As vendas internas dos fabricantes de máquinas agrícolas e rodoviárias atingiram 4,8 mil unidades em outubro, marcando alta de 28,4% na comparação com igual período do ano passado. Frente a setembro, houve ligeiro crescimento de 0,4% nas entregas do setor, conforme informou nesta segunda, dia 7, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que representa as montadoras instaladas no País.
No acumulado do ano, a queda nas vendas é de 13,2%, num total de 35,2 mil máquinas comercializadas de janeiro a outubro.
Entre tratores, cultivadores, colheitadeiras e retroescavadeiras, a produção, de 6,1 mil unidades, teve alta de 27% na comparação com outubro do ano passado. Na comparação mensal, o volume produzido pelo setor registrou avanço de 19,9%.
Desde o inicio do ano, 42 mil máquinas foram produzidas no Brasil, 27% acima do total fabricado nos dez primeiros meses de 2015.
Durante o mês passado, 780 máquinas agrícolas e rodoviárias foram exportadas, 11,6% acima do número de um ano atrás. Frente a setembro, as exportações caíram 20,1%.
O resultado leva para 7,8 mil unidades o total de máquinas agrícolas e de construção exportado no acumulado do ano, o que representa uma queda de 7%.
Em valores, as exportações no setor somaram US$ 146,4 milhões em outubro, alta de 8,1% na comparação anual, mas queda de 7,1% em relação a setembro. Nos dez primeiros meses, o faturamento do setor com exportações alcançou US$ 1,52 bilhão, o que representa uma alta de 4,6%.
Dados gerais
Balanço divulgado nesta segunda-feira pela Anfavea mostrou que as vendas de veículos tiveram queda de 17,2% no mês passado, se comparadas a outubro de 2015. Entre carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus, 159 mil veículos foram comercializados.
Ainda que tenha se mantido em ritmo baixo – inferior a 8 mil unidades -, a média de venda a cada dia que as concessionárias abriram as portas teve um leve crescimento de 4,4%. Apesar disso, como o mês passado teve um dia útil a menos, o resultado consolidado acabou sendo 0,6% inferior ao volume total registrado em setembro. Foi o pior outubro em vendas de veículos no País em onze anos.
No acumulado dos dez primeiros meses de 2016, as vendas, de 1,67 milhão de unidades – no pior número em uma década – tiveram queda de 22,3% no comparativo com igual período de 2015.
Por categoria, os emplacamentos de automóveis de passeio e utilitários leves, como picapes e vans, caíram 16,4% na comparação com outubro de 2015 e ficaram estagnados – variação zero – em relação a setembro. No total, 155 mil carros foram comercializados no mês passado.
Os licenciamentos de caminhões, que somaram 3,4 mil unidades em outubro, registraram queda de 40,4% se comparados ao mesmo período de 2015. Frente a setembro, a comercialização dos veículos pesados de carga recuou 17,9%.
O levantamento mostra ainda que as vendas de ônibus somaram 584 unidades no mês passado, um declínio de 34% na comparação anual. Em relação a setembro, as vendas de coletivos caíram 16,7%.
Exportações
O faturamento das montadoras com exportações subiu 9,8% em outubro, na comparação com igual período de 2015, chegando a US$ 955,3 milhões.
Em relação a setembro, houve queda de 3,9% no montante obtido pelo setor com embarques ao exterior, de acordo com levantamento da Anfavea, a associação que abriga os fabricantes de veículos instalados no país.
O resultado leva para US$ 8,65 bilhões, queda de 1,9% no comparativo interanual, o total faturado desde o início do ano. Além de veículos, o balanço inclui as exportações de autopeças feitas pelas montadoras, assim como as vendas externas das fábricas de máquinas agrícolas, também associadas à Anfavea.
No mês passado, 36,9 mil veículos saíram do Brasil com destino a mercados do exterior, uma queda de 7,5% na comparação anual.
Em relação a setembro, o recuo foi de 6,5%. No acumulado de janeiro a outubro, as montadoras exportaram 400,6 mil veículos, o que corresponde a um crescimento de 19,7%.
A maior entrada de carros brasileiros em mercados vizinhos, sobretudo na Argentina, mais o crescimento das exportações ao México e a estratégia de diversificar negócios com novos destinos internacionais, explica o desempenho.
Produção
Com 174,2 mil veículos produzidos, numa queda de 15,1% na comparação anual, as montadoras terminaram o mês passado amargando o outubro mais fraco em termos de atividade do setor em 13 anos.
Em relação a setembro, quando o resultado foi, em parte, comprometido pela parada de produção nas fábricas da Volkswagen que se estendeu na primeira quinzena daquele mês, houve alta de 2,3% na produção de carros de passeio, utilitários leves, caminhões e ônibus. O balanço foi divulgado nesta segunda-feira, 7, pela Anfavea, entidade que representa os fabricantes de veículos instalados no país.
O desempenho leva para 1,74 milhão de veículos o total fabricado pelas montadoras desde janeiro, também no menor volume, entre períodos equivalentes, desde 2003. Frente aos dez primeiros meses de 2015, o corte na produção foi de 17,7%, num reflexo do esforço das montadoras para normalizar estoques e adequar o ritmo das linhas de montagem a um mercado menor.
Só nas fábricas de carros de passeio e comerciais leves, como picapes, a produção somou 167,9 mil unidades durante o mês passado, 14,8% abaixo de igual período de 2015. Frente a setembro – mês que teve um dia útil a mais -, a produção nessa categoria teve crescimento de 2,8%.
Já nas linhas de montagem de caminhões, houve queda de 31,8% na comparação anual e 4,4% em relação a setembro, num total de 4,6 mil veículos produzidos no mês passado.
O balanço da Anfavea mostra ainda que a produção de ônibus, de 1,7 mil unidades, teve alta de 34,3% em relação a outubro de 2015. No comparativo mensal, a fabricação de coletivos caiu 22,9%.
Os ajustes de mão de obra também prosseguiram em outubro, quando 952 vagas foram eliminadas nas montadoras, incluindo nessa conta as fábricas de máquinas agrícolas, também associadas à Anfavea.
O setor terminou o mês passado com 123,7 mil pessoas ocupadas, o que significa um corte de 9,17 mil postos nos últimos 12 meses, ou 35,9 mil vagas a menos desde novembro de 2013, quando teve início o ciclo de enxugamento de empregos na indústria de veículos.