O produtor rural Nazareno Dalsotto plantou 16 hectares e já colheu cerca de 150 mil espigas. A expectativa é de a produção supere 200 mil espigas no fim da colheira, o que deve se confirmar, já que sua produtividade é de mais de 25 mil espigas de por hectare, cinco mil a mais do que no ano passado. Todo o milho plantado na propriedade é vendido nas praias gaúchas.
Dos mais de 1,1 mil hectares cultivados em Maquiné, 300 são de milho verde. Os outros 800 hectares são destinados à produção de grãos para consumo animal. Para a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), a boa produtividade está relacionada ao clima, que vem ajudando os produtores que vivem da cultura.
– Tivemos chuva dentro do normal, não foi excesso e nem falta. O calor também colaborou bastante para a cultura. Dos últimos três anos, este foi o melhor para produzirmos milho – destaca o técnico agrícola da Emater-RS José Nilton Munari.
Cada espiga comprada pelo comerciante Lorenço Fagundes Nascimentor custa em média R$ 0,70, mas é comercializada a R$ 3,00 para o consumidor final.
– Eles entregam aqui prontinho, descascado, preparado, é só colocar na panela e fazer a entrega. Só que em cima disso tem o problema do garçom, da cozinheira, o gás, uma série de coisas que também temos que embutir no preço – explica o vendedor, que compra cerca de 200 espigas por dia e, conforme a data, vende quase 230.