>> Setor de máquinas agrícolas permanece aquecido, apesar de queda na produção industrial do país
– No ano passado – 2012/2013 – houve uma série de fatores, todos muito positivos, como o aumento do preço das commodities e dos produtos do mercado doméstico. Também não houve grandes estresses climáticos no Brasil. Tudo isso fez com que a rentabilidade fosse muito boa – avalia Milton Rego, vice-presidente Anfavea.
Rego adiciona que o Programa de Sustentação de Investimentos (PSI), do BNDES, que financia a produção, aquisição e exportação de bens de capital e a inovação tecnológica com juros de 3,5% ao ano, também influenciou positivamente o mercado, favorecendo os investimentos em mecanização.
As exportações cresceram 11,4% no mês de julho. Apesar disso, o desempenho do setor nos primeiros sete meses do ano é negativo, com queda de 15% por cento em relação a 2012.
– Nós somos pouco competitivos, os custos no Brasil são muito grandes, nós temos problemas de logística, questões tributárias, de matéria prima muito elevada. Somando tudo, ao longo dos anos isso fez com que nós perdêssemos para outras fontes – diz o vice-presidente da Anfavea.
Segundo Milton Rego, a expectativa é que a exportação desse ano feche em menos da metade do que exportávamos há 10 anos.