A comercialização da safra 2022/23 de soja do Brasil envolve 75,6% da produção projetada, conforme relatório de Safras & Mercado, com dados recolhidos até esta segunda-feira (7).
No relatório anterior, com dados de 7 de julho, o número era de 66,1%.
Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 79,9%. Já a média de cinco anos para o período é de 83,8%.
Levando-se em conta uma safra estimada em 156,152 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 118,105 milhões de toneladas.
Safra 2023/24 de soja
Ao estimar uma safra brasileira de soja de 163,254 milhões de toneladas, Safras projeta uma comercialização antecipada de 13,9%, envolvendo 22,715 milhões de toneladas.
Em igual período do ano passado, a venda adiantada era de 17,3% e a média para o período é de 23,5%.
Momento favorável para venda
Para o analista de Safras & Mercado, Luiz Fernando Gutierrez Roque, considerando que as safras dos três maiores produtores do mundo (Brasil, Estados Unidos e Argentina) sejam cheias – confirmando o que se prevê atualmente – haverá grande volume de soja disponível em 2024.
“Se isso se confirmar, Chicago refletirá negativamente. É importante o produtor ligar um alerta quanto à safra nova, aproveitar os momentos, visto que um relatório altista do USDA [na próxima sexta] pode fazer Chicago subir um pouco mais”, conta.
Com esses fatores, aliados a um momento de câmbio mais firme e de prêmios não tão pressionados, Roque destaca que o produtor deve aproveitar para começar a fazer contratos de safra nova. “Apesar das indefinições, o momento é de oportunidades”, finaliza.