O ministro da Energia e Minas da Venezuela, Rafael Ramírez, deu essas declarações ao chegar em Viena, onde o grupo de 13 países produtores de petróleo realizam hoje uma reunião para analisar a situação no mercado, após dois meses de fortes quedas do preço do petróleo.
– Poderíamos estar ainda em um equilíbrio dos fundamentos do mercado (petroleiro) e, nesse sentido, (deveríamos) manter os níveis de produção como estão agora – disse o ministro à imprensa.
Além disso, Ramírez destacou a recente valorização do dólar frente ao euro e outras divisas, e afirmou que a forte oscilação dos preços mostra que há um “forte fator especulativo no mercado”.
– Os estoques (de petróleo) estão a um nível confortável, mas caíram um pouco a respeito dos outros anos, mas estão na média – acrescentou Ramírez.
Nos últimos dias, o Governo da Venezuela defendeu um corte da produção para evitar uma queda dos preços.
– Temos a experiência dos anos 90, que, se forem construídos estoques acima do normal, vem um colapso dos preços, e vamos evitar isso – disse Ramírez.
Segundo ele, é possível chegar a um equilíbrio em um preço próximo aos US$ 100 por barril. Na avaliação do ministro venezuelano, a cotação seja o novo nível do mercado.
Desde julho, o preço do petróleo da Opep caiu de seu recorde histórico de US$ 140 para US$ 101 hoje.
Para evitar que os preços caiam mais, o ministro venezuelano disse que “talvez” seja necessário “um plano de ação até dezembro, para manter o mercado equilibrado”. Nesse sentido, lembrou que a demanda petrolífera no mundo poderia chegar a cair em cerca de 900.000 barris, o que qualificou de “um número importante”.