O encontro foi pedido pela Associação da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). O setor manifestou preocupação depois que o governo de Hugo Chavez expropriou a maior revenda de insumos e equipamentos agrícolas da Venezuela. A empresa de origem espanhola atuava há 50 anos no território venezuelano.
O encontro entre os empresários e a autoridade venezuelana foi a portas fechadas. A indústria brasileira se preocupa com a ação do governo Chavez, porque a Venezuela é um dos principais compradores de implementos agrícolas do Brasil.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, as exportações passaram de US$ 65 milhões (US$ 65.027.318) entre janeiro e agosto deste ano. Em todo o ano passado, as vendas atingiram quase US$ 98 milhões.
Depois da reunião, o embaixador venezuelano negou que a expropriação da empresa causou suspensão das importações de máquinas agrícolas. E garantiu que a medida não vai prejudicar os parceiros comerciais, como o Brasil.
O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Reginaldo Arcuri, ligada ao governo brasileiro, informou que os empresários brasileiros apresentaram uma série de pedidos ao embaixador. Entre eles, maior comunicação com o governo venezuelano. Reginaldo Arcuri disse ainda que outras reuniões como a desta sexta devem ser feitas.
O presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, acredita que a situação pode melhorar, mas manifesta cautela.
Agora, as reivindicações do setor de máquinas agrícolas vão ser transformadas em um documento. O embaixador da Venezuela no Brasil vai levar as pendências e demandas mais urgentes para entregar ao ministro da agricultura e terra do país, Juan Carlos Loyo.