A semente foi tratada com fungicida, que muitos produtores ainda não adotam regularmente. O produto, no entanto, é fundamental quando há risco de falta de água no solo.
? O produtor aqui tratou a semente com um inseticida e com um fungicida. O tratamento com o fungicida é importante e se torna mais importante ainda quando se tem a expectativa de se ter um ano com o fenômeno La Nina. O La Nina vai fazer com que chova menos, a oferta de umidade vai ser menor e, provavelmente, o ataque de fungos pode ser maior. Então, o tratamento com fungicida nestas situações é imprescindível. Além disso, ele tratou essa semente com um inoculante, que é uma fonte indispensável de nitrogênio para a soja e, para ajudar a inoculação acontecer, ele também tratou com molibdênio e cobalto ? explica o consultor do projeto, Áureo Lantmann.
No caso da adubação, não se deve dispensar a análise de solo. O pesquisador da Embrapa Soja, César de Castro, lembra que o estudo garante ao produtor a quantidade certa de nutrientes que ele pode adicionar na área. A medida leva à saúde da lavoura e evita a compra de produtos desnecessários. Há casos em que é possível até dispensar o produto, mas é preciso muito cuidado.
? Existem pesquisas que dizem que, dependendo do manejo do solo e da fertilidade, se pode até deixar de adubar por uma safra, numa situação de emergência, sem prejuízo para a produção. Mas, o produtor ó pode fazer isso se ele tiver um histórico da área, áreas de plantio direto, fertilidade alta. Ele deve fazer sempre? Não, mas ele deve manter um monitoramento ?explica.
A preocupação com o La Nina segue em todas as etapas do plantio. E o maquinário deve estar adequado para contribuir que a semente depositada no solo não sofra tanto efeitos de possíveis veranicos prolongados.