? A tendência para o Rio Grande do Sul no verão é de chuva normal a abaixo da média. Mas a previsão climática é diferente da do tempo, é uma probabilidade. A falta de umidade tanto pode ser severa quanto suave ? avisa Lincoln Alves, meteorologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe).
Uma boa notícia sobre o clima para os produtores agrícolas é que não há previsão de fenômenos como El Niño ou La Niña, que modificam bastante as condições da estação.
? Dizer que há estiagem é exagero. Existe falta momentânea de chuva ? diz Cláudio Doro, agrônomo da Emater.
Para Doro, a situação mais preocupante é a do milho. Com 1,45 milhão de hectares plantados, só perde em ocupação de área para a soja, distribuída em 4 milhões de hectares.
? O sucesso ou o fracasso do milho representa um reflexo direto na economia gaúcha. Ainda é cedo para falar em perdas, mas o momento não está bom ? pondera o agrônomo.
Conforme Doro, a maior parte da lavoura está na fase de formação da espiga, e a falta de umidade pode comprometer o rendimento do cultivo. Outra inquietação é em relação à soja.
? Deve haver períodos longos de tempo seco intercalados por chuva rápida e mal distribuída. Existe possibilidade de estiagem, mas não severa como em 2005 ? afirma Doro.
Nesta quarta, dia 26, a estação automática do Inmet registrou 37,2ºC em Uruguaiana. Os próximos dias devem ser de calor em todo o Estado. Até o final de semana, não há previsão de chuva devido a uma massa de ar seco sobre o Estado, alerta a Central de Meteorologia.