Na Agritechnica, maior feira de tecnologia agrícola do mundo, se destacar não é uma tarefa muito simples. Com tanta inovação disponível, é difícil encontrar produtos que parem um pavilhão. Nesta edição da feira, a New Holland Agriculture conseguiu. A marca apresentou a CR11, a maior colheitadeira do mundo.
Pintada de dourada, por ter vencido o prêmio de Inovação da Agritechnica 2023, a CR 11 é uma atualização da CR 10.90, que até então detém o recorde mundial de colheita de trigo, com 797 toneladas em 8 horas.
Como comparação, a capacidade de colheita da CR 11 é de 20% (em grãos) a 40% (em milho) superior à da CR 10.90.
Para isso, a empresa afirma que desenvolveu rotores mais largos e longos.
O princípio de debulha do CR 11 é o mesmo do atual modelo carro-chefe CR 10.90. Isso significa que existem dois rotores de debulha posicionados longitudinalmente na máquina.
Equipada com um motor de 750 cv, a máquina, segundo a New Holland, tem velocidade de descarga de 210 litros por segundo. O tanque graneleiro no topo da colheitadeira tem capacidade para 20 mil litros. É possível usar plataformas de até 61 pés.
Durante um teste no Reino Unido, o tanque foi descarregado em 80 segundos.
Colheitadeira no Brasil
O diretor de Marketing de Produto da New Holland Agriculture para a América Latina, Flávio Rielli Mazetto, disse que a super colheitadeira está de acordo com o atual cenário da agricultura.
“A tendência no campo é de acelerar cada vez mais o trabalho de plantio e de colheita. Com a safrinha, o produtor precisa de tempo para plantar e colher na janela ideal. Com isso, o produtor busca produtos que deem mais velocidade para ele”, afirma.
De acordo com Mazetto, além do diferencial do tamanho, a máquina está embarcada com muita tecnologia. “São mais de 100 operações que ela faz sozinha, de maneira autônoma. Isso permite uma colheita mais efetiva, com menos perda e mais produtividade”, diz.
Mazetto conta que a maior colheitadeira do mundo já está em fase de testes no Brasil. “A máquina está direcionada, neste primeiro momento, para Europa, Estados Unidos e Austrália. Em um segundo momento, vai para o Brasil. Ela já foi testada uma vez, será testada de novo nesta safra. E a previsão é que chegue ao mercado brasileira em até dois anos”.
*O editor Gabriel Azevedo acompanha a Agritechnica a convite da DLG