Artistas como a modelo Gisele Bündchen, o cantor e ator Evandro Mesquita e a jornalista e atriz Mônica Iozzi também entraram na luta online a favor do veto, ao lado de organizações específicas e órgãos como o Greenpeace. O cartunista Maurício de Souza deu voz ao personagem Chico Bento para pedir que Dilma apóie a causa dos ambientalistas.
O pesquisador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia André Lima acredita que a rede amplia o poder de mobilização.
– A rede social traz estes fatos. Não precisa mais ser um movimento orquestrado por organizações hierarquizadas. O cidadão pode postar um vídeo e ganhar um milhão de pessoas assistindo em um dia – aponta.
Para o presidente da Comissão de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, Assuero Veronez, a disputa é desleal. Ele alega que os defensores do campo têm menos acesso à internet.
– Os agricultores têm dificuldade de participar e usar essas redes sociais, esses instrumentos modernos de comunicação. Já o pessoal mais ligado ao ambientalismo, mais urbano, que contamina a juventude, tem facilidade em usar esses instrumentos – diz.
Os profissionais também opinam sobre a possível influência das campanhas na decisão da presidente.
– Obviamente, ela é uma pessoa política, que tem que analisar os dois lados. E estamos próximos da Rio+20, que tem um peso – diz Veronez.
– Eu acredito que a campanha tem sido bem sucedida, independente da decisão, porque a gente tem dois milhões de pessoas assinando abaixo-assinado em proteção das florestas – pontua Lima.