Desde outubro, segundo ele, pelo menos sete carregamentos de milho da Índia tiveram de ser novamente fumigados antes da liberação no porto de Hai Phong. Os embarques totalizavam 45 mil toneladas. Traders na Índia confirmaram a rejeição de uma carga. Eles acrescentaram que outras quatro foram aceitas apenas após uma nova fumigação.
Contudo, as fontes contestaram que as cargas tenham sido devidamente fumigadas na Índia e que as pestes não poderiam ter sobrevivido a tal procedimento. Eles ainda sugeriram a possibilidade de as ofertas terem sido infestadas no porto vietnamita. Os traders observaram também que outros países importadores, incluindo a Malásia e a Indonésia, não reclamaram sobre a qualidade.
Se pestes forem detectadas nos embarques para o Vietnã, os grãos precisarão ser colocados em quarentena e fumigados novamente, caso a caso, antes da liberação de qualidade – o que resultaria em atrasos. Os atrasos de vários carregamentos recentes forçaram os fabricantes de ração animal a comprar milho da Argentina e trigo da Austrália.
Em 2010, carga indiana já havia sido recusada
A Índia enfrentou problemas similares no Vietnã um ano atrás. Na época, parte das ofertas recusadas foram revendidas para compradores da Indonésia. Os exportadores indianos afirmam que as reclamações sobre a qualidade dão ao Vietnã uma chance de cancelar contratos mais dispendiosos num momento em que os preços globais recuaram acentuadamente.
A carga rejeitada foi comprada semanas atrás por cerca de US$ 310 a tonelada C&F, enquanto o milho indiano agora é oferecido ao Vietnã por quase US$ 270 a tonelada.
– Faz sentido se desfazer de contratos mais caros e, então, comprar novamente por preços mais baixos -, disse um exportador de Mumbai.
Entretanto, os compradores do Vietnã dizem que os problemas de qualidade já eram enfrentados antes da recente queda dos preços.