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Vinho de umbu é alternativa para produtores do semiárido

Objetivo é agregar maior valor ao frutoUm novo produto vai agregar mais valor à produção nacional de umbu: o vinho. A fruta é encontrada principalmente no semiárido da Bahia. O engenheiro de alimentos Breno de Paulo está desenvolvendo a pesquisa na Universidade Federal da Bahia (Ufba), com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agroíndústria de Alimentos e relata que 90% do umbu está na região.

Atualmente, grande parte é comercializada in natura ou como polpa, com pequena parcela destinada à fabricação de doces e geléias.

? O objetivo da nossa pesquisa é agregar valor ao fruto, disponibilizando essa tecnologia para o produtor ? afirma Breno.

O pesquisador acredita que os pequenos agricultores familiares, que subsistem do extrativismo, teriam muito a ganhar com o novo produto, reunidos em associações e cooperativas.

Na região semiárida brasileira já existe a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), em Uauá (BA), que reúne cerca de 140 produtores e comercializa produtos da caatinga inclusive para o exterior, liderados pelo umbu. O vinho fermentado da fruta seria mais uma opção para comercialização na região.

Todos os testes com o produto já foram realizados na unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Vassouras (RJ). Para melhorar ainda mais o vinho, Breno de Paulo disse que são necessários apenas ajustes finos.

A técnica de fabricação do vinho de umbu não é muito diferente da produção do vinho convencional.

? A única coisa que difere um pouco é o tratamento final, que é a microfiltração, para deixar o vinho mais límpido e eliminar um pouco a turbidez.

Essa alternativa agroindustrial à produção do umbu pode representar ganhos para os pequenos produtores rurais. As famílias recebem entre R$ 5 e R$ 10, em média, por saca de 60 quilos de umbu in natura. De acordo com o engenheiro, uma boa organização dos produtores pode garantir um bom investimento. Segundo ele, com apenas 1 quilo de umbu é possível fabricar de três a quatro litros do vinho, que pode ser vendido ao preço médio de R$ 8 a R$ 10 a garrafa, o que tornaria o lucro maior. Do umbu produzido na Bahia, apenas 1% é comercializado ou industrializado. Os restantes 99% se perdem.

A pesquisadora da Embrapa Agroindústria de Alimentos, Virginia Matta, destacou a importância da pesquisa para a região do semiárido baiano.
? Qualquer novo produto que agregue valor ao umbu e seja de fácil conservação é muito importante para a região. Porque o fruto é vendido muito barato e é muito perecível.

Para ela, é sempre positiva a descoberta de novas alternativas de produtos que ofereçam conservação mais adequada e mais tempo para comercializar.

Com a finalização da pesquisa, o próximo passo será a elaboração de estudos mais detalhados sobre a viabilidade econômica do novo produto, para dimensionar o retorno do investimento a ser feito. A parceria da Ufba com o Senai, a Embrapa Agroindústria de Alimentos e as cooperativas locais também deverá ser reforçada, com o objetivo de desenvolver novos produtos a partir do umbu.

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