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Vinícola pretende reunir diversas variedades de uvas em um único vinho no RS

Vinhedo com 164 tipos da fruta atrai visitantes na região serrana do EstadoUma coleção de videiras em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, atrai turistas e apreciadores de vinho. O lugar é chamado de Vinhedo do Mundo e conta com 164 variedades de uvas, de 23 países. A idéia é reunir as diferentes frutas em um mesmo vinho. E o primeiro teste já foi realizado, com mais de 20 variedades, segundo o enólogo Dirceu Scotta.

– É bastante complicada esta forma de vinificação, porque, como se trata de pequenos volumes de uma infinidade enorme de variedades, nós estamos trabalhando com microvinificações. Ou seja, vinificando cada variedade em separado para depois se fazer uma mescla, um grande corte de vinhos. E então, dar origem ao vinho final – explica.

Segundo o diretor da vinícola responsável pelo projeto, Rinaldo Dal Pizzol, a vindima se torna uma festa, com a presença de dezenas de convidados.

– Apreciador de vinhos ou não, o visitante faz milhares de quilômetros, às vezes, para visitar as regiões vitivinícolas. Então, ele não faz toda essa mobilização só para degustar e apreciar vinho na origem. É muito mais do que isso. Tem muitos outros motivos que fazem com que ele se desloque e forme este movimento grande, que é o enoturismo – aponta.

O Vinhedo do Mundo é o único empreendimento do porte na América Latina. O projeto começou a ser desenvolvido em 2005. Trata-se de uma parceria da vinícola gerenciada por Dal Pizzol com uma empresa italiana, a maior colecionadora de videiras do mundo. A companhia virou a fonte de suprimento de novas variedades.

– É uma coleção que permite uma observação muito interessante para leigos, especialistas e, principalmente, apreciadores de vinho. Desta forma, é um ponto de interesse de muitas pessoas e de muitas atividades – diz.

Na opinião do engenheiro agrônomo Tiago Postal, é também um desafio para os profissionais que trabalham no vinhedo.

– Estamos com previsão de 300 variedades. O trabalho cada vez vai aumentar, porque cada variedade e cada ano são diferentes. Nós estamos ainda aprendendo a trabalhar com elas. A diversidade climática é que vai limitar ou não o sucesso desse trabalho que nós estamos fazendo – afirma.

A colheita simbólica deste ano foi acompanhada por 36 convidados, que receberam avental e tesoura para colher os cachos. O industrial Paulo Farina revela ter se emocionado com o trabalho.

– Eu me sinto muito bem neste momento. Lembro dos antepassados, o meu avô, minha avó, quando eu era pequeno e ajudava na colheita da uva. Naquele tempo, bem remoto, era outro processo, mas tudo isso faz parte da nossa história, da nossa vida – conta.

O produto das videiras servirá para a produção de um único vinho, reunindo todas as variedades, no ano que vem. Ele será engarrafado e rotulado com uma etiqueta especial para leilões beneficentes, conforme Dal Pizzol.

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