Segundo a nota, a nova gripe passou a ser denominada A/São Paulo/1454/H1N1 segundo as normas da Organização Mundial da Saúde. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, o vírus sequenciado no Estado tem uma mutação na proteína hemaglutinina ? que é a responsável pela capacidade do vírus de invadir as células humanas.
Essas informações e toda a caracterização genética do vírus são fundamentais para a elaboração de vacinas, por exemplo, e para investigar se houve outras mutações em outras partes do mundo. A hemaglutinina é especialmente importante porque os anticorpos que protegem o organismo contra a entrada do vírus são produzidos como forma de contra-atacar essa proteína.
Agora é preciso caracterizar o vírus em outros pacientes para se chegar à formulação mais adequada para impedir a propagação da variedade mais comum no Brasil. Só então pode começar a produção de imunizantes, um processo que envolve o uso de ovos de galinha para multiplicar o vírus e demora alguns meses.
Variação esperada
A variação da cepa americana original para a brasileira é esperada, já que o material genético do vírus da gripe (formado por RNA, o “primo” menos famoso do DNA) sofre mutações com frequência, além de se misturar o tempo todo com outras cepas de gripe já presentes em humanos ou mesmo animais como porcos e aves.
Desde o início da propagação da doença, que foi reclassificada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde, foram registrados 27 casos da gripe suína em São Paulo, enquanto outros 21 pacientes seguem sendo monitorados com suspeita da doença. As informações são do site G1.
Confira no gráfico a velocidade do contágio da Gripe A: