Visita de Obama deixa setor de biocombustíveis otimista

Presidente Dilma Rousseff também pediu o fim das barreiras tarifárias aplicadas pelos Estados UnidosDepois da visita de dois dias ao Brasil do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, são esperados efeitos positivos na balança comercial entre os dois países. Foram assinados 10 acordos, que agora precisam ser aprovados pela Câmara e pelo Senado.

Os 10 acordos bilaterais foram firmados em áreas como educação, energia e meio ambiente. Também foi instituída uma comissão para relações comerciais que deve avaliar questões polêmicas entre os dois países. A presidente Dilma Rousseff lembrou do agronegócio e pediu o fim das barreiras tarifárias aplicadas pelos Estados Unidos.

Apesar disso, somente o setor de biocombustíveis teve um acordo assinado. Entre os focos específicos do compromisso está o desenvolvimento de biocombustíveis sustentáveis para a aviação como ferramenta importante para reduzir a emissão de gases causadores do efeito estufa.

O documento prevê ainda o estabelecimento de padrões e especificações comuns aos dois países e apoio a parcerias envolvendo o setor privado. A União das Indústrias de Cana-de-açúcar (Unica) considerou a visita de Barack Obama positiva. O presidente da entidade afirma que são sinais positivos de que Brasil e Estados Unidos caminham juntos para conquistar tanto avanços estratégicos e tecnológicos quanto o fluxo comercial livre e desobstruído para os biocombustíveis.

Ele afirmou ainda que até os principais defensores da manutenção de pesados subsídios e elevadas tarifas, que tiram a competitividade do etanol brasileiro no mercado americano, já discutem abertamente um futuro sem esses apoios governamentais. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou que técnicos dos dois países já estão trabalhando em busca de alternativas para o agronegócio.

Os governos assinaram  também o Acordo de Comércio e Cooperação Econômica, que tem como objetivo fortalecer a cooperação e expandir o comércio entre Brasil e Estados Unidos. No setor dos esportes, Brasil e Estados Unidos devem se unir e atuar no planejamento e desenvolvimento estratégico, de infraestrutura, de segurança e de apoio ao turismo para a Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016.

Para a educação, ficou acordado uma maior cooperação para o intercâmbio de cientistas, pós-graduandos e professores. Os acordos assinados devem dar início a um novo programa chamado “Diálogos Estratégicos”.