Além da fecularia e dos módulos, um Armazém Central e uma Empacotadora de Farinha fazem parte do projeto que terá o aporte de recursos da Fundação Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) da ordem de R$ 1,16 milhão.
Será a maior indústria de fécula de mandioca da Bahia, com previsão inicial de atender o consumo anual do município, que é de duas mil toneladas, isto a partir de maio do próximo ano. Quando a unidade estiver em pleno funcionamento nos próximos anos, com uma produção estimada de sete mil toneladas/ano, Conquista passará de importadora a exportadora de fécula, superando o consumo atual e ainda ultrapassando a demanda de cinco mil toneladas/ano de toda região.
A Coopasub é a responsável pela obra, mas o projeto conta também com a parceria do Sebrae/BA, que presta serviços de assistência aos produtores de mandioca nas áreas de consultoria, gestão administrativa, comercial e industrial. A indústria vai garantir alternativa de inclusão social e aumento de renda para agricultores e familiares.
A entidade foi fundada em 2005, a partir de diagnóstico realizado pela Fundação Banco do Brasil, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Sebrae/BA, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Embrapa, Conab, prefeituras municipais e outras instituições.
O presidente da Coopasub, Izaltiene Rodrigues Gomes, destaca que a unidade, em pleno funcionamento, estará capacitada para beneficiar 100 toneladas de mandioca/dia e produzir entre 25 a 30 toneladas/dia de fécula para o mercado regional que ainda é abastecido por Paraná, São Paulo e Mato Grosso.
Com a nova indústria de processamento de mandioca, o consumidor será beneficiado com a redução nos preços da fécula comercializada no mercado local. Atualmente o produto sai de outros Estados pelo custo de R$ 900,00 a tonelada, mas é vendido em Conquista por R$1.450,00. A fábrica da Coopasub, que tem hoje 2,2 mil cooperados e atinge mais de 11 mil pessoas, vai ter condições de repassar o produto por R$1.000,00 a tonelada.
Izaltiene Rodrigues acredita que, com o tempo, a fábrica alcance um aproveitamento de 200 toneladas/dia de mandioca, correspondentes a cerca de 50 toneladas de fécula. Toda Bahia hoje tem um consumo anual de 44 mil toneladas do produto, e o mercado tende a crescer.
Antes mesmo de ser instalado, o projeto de Conquista já foi consultado para atender a região Sul da Bahia (branqueamento de papel) e por empresas de Camaçari (setor petroquímico), como informou o presidente. A fecularia é ainda muito utilizada no segmento de panificação, biscoitos, beijus e até para a perfuração de poços da Petrobras.