Em abril deste ano, o estudante Vittorio Furlan Vieira, então com 18 anos, virou notícia ao defender o agronegócio em uma palestra em seu colégio, o Avenues, na capital paulista.
Vieira foi repreendido durante palestra da líder indígena Sonia Guajajara, eleita em novembro como deputada federal e agora cotada para chefiar o Ministério dos Povos Indígenas no novo governo federal.
De acordo com o estudante, o tema da palestra era “Gender Equity” (equidade de gênero). No entanto, durante sua apresentação, a indígena teria feito críticas ao agronegócio e defendido a tomada de terra privada.
Após questionar o conteúdo da apresentação, ele teria sido destratado por um professor da instituição.
A minha maior indignação foi no momento em que ela [Sonia] começou a falar sobre a distribuição de terra para as pessoas e os indígenas. Isso me incomodou profundamente, essas terras têm donos”, disse Vieira.
Segundo o estudante, a família dele vem da agropecuária, além de ter vários amigos que têm pais trabalhando no setor. Ele também conta que está começando a empreender na área. “Estou fazendo uma startup, uma fintech do agronegócio. Eu tenho conhecimento na área, e eu gosto bastante”.
Vieira disse que não se sentiu intimidado pela situação. “Os princípios formam o caráter e isso eu não vou mudar”. De acordo com Vieira, seus pais teriam ficado indignados com o ocorrido.
No mês seguinte à repercussão do episódio, Vittorio Furlan Vieira foi homenageado durante o evento Acricorte, realizado em Cuiabá (MT). O estudante foi convidado a conhecer Mato Grosso e receber a homenagem da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), organizadora do evento, pela atitude tomada durante a palestra.
Confira a entrevista concedida na época pelo estudante ao telejornal Rural Notícias, do Canal Rural:
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