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Você viu? Chamas destroem fazendas e maquinário em Mato Grosso

Chamas comprometeram a produtividade agrícola da região

Você viu? Chamas destroem fazendas e maquinário em Mato Grosso

O estado do Mato Grosso registrou uma crise devastadora com mais de 2 mil focos de incêndio registrados, conforme o Sistema de Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O fogo, que avançou rapidamente, destruiu vastas áreas de plantação e causou danos ao maquinário agrícola, incluindo um trator e duas carretas na rodovia MT-140, que conecta Santa Rita do Trivelato a Planalto da Serra.

Proprietários e trabalhadores da Fazenda Morada da Serra se mobilizaram para controlar as chamas e minimizar os danos. Vandir Matschinske, agricultor da região, expressou seu desespero diante das perdas. “Perdemos mais de 250 hectares apenas da minha propriedade. Estávamos prestes a iniciar uma nova safra, com o adubo já aplicado, e agora estamos desolados. É um prejuízo imenso,” relatou Matschinske, que suspeita que o incêndio possa ter sido causado por negligência, possivelmente uma bituca de cigarro descartada de um veículo.

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O consultor agronômico Taimon Semler alerta que as consequências dos incêndios vão além das perdas visíveis. “Incêndios dessa magnitude podem comprometer o solo, afetando a microbiota e a matéria orgânica acumulada ao longo de décadas. As perdas podem chegar a 15 sacas por hectare, dependendo da intensidade do fogo e das condições do solo,” explicou Semler.

Enquanto as autoridades e os produtores continuam a batalha contra o fogo, o prefeito de Santa Rita do Trivelato, Egon Hoepers, ressaltou o desafio crescente. “Estamos lidando com o incêndio há mais de 15 dias. Os ventos fortes ajudam a espalhar as chamas rapidamente, tornando a situação muito difícil de controlar. Nós temos mais de cem máquinas empenhadas no combate e estamos nos preparando para enfrentar futuros desafios como este,” disse Hoepers.

Além dos prejuízos econômicos, os incêndios em Mato Grosso representam uma grave ameaça à fauna local e comprometem a sustentabilidade das futuras colheitas e do solo, impactando negativamente o setor agropecuário da região.