– Esse aumento no volume exportado se deve em grande parte pelo o fato de que o produto vem recuperando seu ritmo normal de comercialização, em relação aos atrasos que sofreu no ano passado, decorrente das chuvas nas regiões produtoras. Agora, esse café está sendo escoado, gradativamente. Além disso, a receita também vem apresentando melhoras paulatinas, ficando apenas um pouco abaixo da registrada no ano passado por conta das oscilações sofridas no preço médio do produto – comentou Guilherme Braga, diretor-geral da entidade.
Em relação ao ano-safra, foram comercializadas cerca 25,6 milhões de sacas de café entre julho de 2012 e abril de 2013, quantidade apenas 0,3% inferior à registrada no mesmo período da safra anterior. A receita apontada foi de US$ 5,136 bilhões.
O levantamento mostra que, considerando a qualidade do café, a variedade arábica respondeu por 86,8% das vendas do país nos quatro primeiros meses do ano, o solúvel por 10,6%, o robusta, por 2,5%, e o torrado & moído por 0,1% das exportações. Os cafés diferenciados (arábica e conillon) tiveram participação de 15,8% nas exportações em termos de volume e de 19,7% na receita cambial.
O relatório aponta ainda que a Europa foi o principal mercado importador nos meses de janeiro a abril, sendo responsável pela importação de 51% do total embarcado do produto brasileiro, enquanto a Ásia respondeu pela compra de 22% do total de sacas exportadas, a América do Norte também por 22% e a América do Sul, por apenas 2%.
Segundo o Balanço das Exportações, a lista de países importadores de janeiro a abril de 2013 segue liderada pelos Estados Unidos, que adquiriram 20% do total exportado, seguido pela Alemanha, com 18% do total. A participação do Japão manteve a terceira colocação, sendo responsável por 10% das importações. No quarto continua a Itália, com 9% do total. A Bélgica ocupa a quinta posição com 6% do total.
Os embarques de café no quarto mês deste ano foram realizados em grande parte pelo porto de Santos, por onde foi escoado 80,3% do produto exportado, pelos portos do Rio de Janeiro, que embarcaram 14,5% do total e pelo porto de Vitória, de onde saiu 1,1% do total.
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