O superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Daniel Lúcio Oliveira de Souza, antecipa que o porto vai aumentar a quantidade de grãos embarcados nesse ano.
? Foram embarcadas, em 2009, 500 mil toneladas em janeiro, 550 mil toneladas em fevereiro e até o dia 24 de março mais 852 mil toneladas. Se continuarmos nessa progressão ultrapassaremos o volume do ano passado e poderemos chegar a 12 milhões de toneladas, consolidando o porto como o principal do Brasil para embarque de grãos ? explicou o superintendente.
Nesta segunda, dia 30, cinco navios estavam atracados no cais comercial do Porto de Paranaguá, para receber mais de 330 mil toneladas de produtos como soja, farelo e milho. Outros doze navios estão ao largo aguardando para atracar e embarcar perto de 510 mil toneladas. Segundo o gerente da Companhia Brasileira de Logística (CBL), Washington Viana, a dragagem do Canal da Galheta foi um dos principais motivos que estimularam o aumento das exportações.
? A dragagem que está ocorrendo e as que estão programadas são muito importantes porque incentivam o redirecionamento de navios ao porto, com o aumento da profundidade virão navios com maiores capacidades. Para o embarque de soja isso representará um crescimento expressivo ? considerou o gerente da unidade.
A exportação de soja pela CBL no Porto de Paranaguá deverá ter um aumento de 20%, em comparação ao ano passado, totalizando 1,8 milhão de toneladas do grão.
Do mesmo modo, até o dia 24 de março, a movimentação de caminhões no Pátio Público de Triagem dobrou em relação aos meses anteriores. Estão chegando uma média entre 1.000 a 1.200 carretas por dia ao pátio, e deste total são encaminhados 300 e 350 caminhões para o terminal público de grãos.
A expectativa de crescimento das exportações de soja pela CBL contraria o pessimismo que a crise econômica internacional trouxe ao mercado.
? A exportação brasileira de soja deverá manter o patamar de 23 milhões de
toneladas embarcadas e o Porto de Paranaguá deverá alcançar níveis ainda maiores
de exportação. Não há crise que supere a eficiência ? declarou Viana.