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Votação do Código não pode sofrer interferência de outros temas, defende Marina Silva

Marina e outros nove ex-ministros do Meio Ambiente apresentaram carta aberta contra o relatório do novo CódigoA ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse nesta segunda, dia 23, que a votação do Código Florestal não pode sofrer interferência de outros temas políticos da agenda do Congresso, como o pedido de convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, para explicar sua evolução patrimonial, e a votação de medidas provisórias.

? Qualquer questão ligada ao ministro Palocci ou envolvendo a votação de medidas provisórias não devem vir para a pauta do Código Florestal. Isso seria o pior dos mundos, queremos separar as coisas. Queremos um debate sobre florestas e isso não pode ser trocado por qualquer que seja o assunto ? disse ela.

Marina e outros nove ex-ministros do Meio Ambiente apresentaram nesta segunda, na Câmara dos Deputados, carta aberta contra o relatório do novo Código Florestal, elaborado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Os ministros também querem o adiamento da votação do relatório, marcado para esta terça, dia 24.

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O grupo criticou a falta de transparência na negociação de pontos polêmicos do texto e a pressa em aprovar as mudanças na lei ambiental. A expectativa pela possível flexibilização das regras para preservação em propriedades rurais já está provocando aumento do desmatamento no país, segundo os ex-ministros.

? Se for votado de forma açodada, teremos uma situação de completo descontrole ? afirmou Marina Silva.

O ex-ministro do Meio Ambiente do governo Itamar Franco, Rubens Ricupero disse que a aprovação das mudanças do Código Florestal com flexibilização das regras representaria um retrocesso na política ambiental brasileira e citou a criação do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) na época da ditadura militar.

? Seria um trágico retrocesso e uma ironia terrível que um Parlamento democrático desfizesse o que o regime militar permitiu ser feito ? falou Rubens.

Além de Marina Silva e Ricupero, os ex-ministros Paulo Nogueira Neto, José Goldemberg, Fernando Coutinho Jorge, Henrique Cavalcanti, Gustavo Krause, Sarney Filho, José Carlos Carvalho e Carlos Minc também assinaram a carta contrária às propostas de mudanças no Código Florestal.

O grupo vai apresentar, ainda nesta segunda, o documento aos presidentes do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e da Câmara, Marco Maia (PT-RS). E, nesta terça, dia 24, devem ser recebidos pela presidenta Dilma Rousseff.

Mural: O texto em votação atende às necessidades de produtores rurais e ambientalistas?

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