A consulta pública da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o uso do glifosato no Brasil recebeu cerca de 2.700 opiniões até a tarde desta quinta-feira, dia 6. Destas, aproximadamente mil são contrárias ao herbicida. Os motivos são diversos: de supostos riscos ao meio ambiente até críticas à eficácia do produto. Já 1.700 defendem a importância do defensivo para as lavouras do país.
A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) criou um guia para auxiliar produtores interessados em participar. Segundo o diretor-executivo da entidade, Fabrício Rosa, é importante que os agricultores que entendem a importância do defensivo para a agricultura brasileira se manifestem. O prazo para enviar opiniões acaba à meia-noite desta quinta.
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Rosa afirma que a Anvisa quer mudar a classificação do glifosato, de baixo impacto para alto impacto, “simplesmente por irritação ocular”. “Ora, todos os aplicadores, todos os funcionários que trabalham no preparo desta calda usam o protetor. Outra questão é com relação a pessoa que vai preparar a calda: não poderia ser a mesma que passa para o tanque e aplica. Isso também não faz sentido, diz.
É importante destacar que a consulta não tem poder de decisão. A expectativa é que o tema seja votado pela diretoria da Anvisa em dezembro.