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Wagner Rossi destaca apoio de Dilma e diz que ainda não escolheu o substituto de Ortolan

Em conversa com jornalistas para esclarecer denúncias, ministro da Agricultura defendeu também as nomeações políticasO ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse em conversa com jornalistas nesta segunda, dia 8, para rebater as denúncias publicadas na imprensa no final de semana, que tem o apoio da presidente Dilma Rousseff.

? A presidente Dilma tem mandado todos os motivos para que eu me sinta firme e confortável e o meu trabalho está sendo avaliado adequadamente. Aqui, aquilo que tiver de errado nós vamos cortar e vamos mudar. Eu acho que mereço algum crédito por isso ? disse.

O ministro falou que todos os servidores citados na reportagem serão ouvidos “com garantia de ampla defesa e o contraditório”. Ele disse que se houver comprovação das irregularidades, o processo será encaminhado ao Ministério Público Federal e ao Tribunal de Contas da União.

? Toda a vez que houver uma acusação ao ministério da Agricultura, Conab, eu virei responder. Vou investigar com toda a força da lei qualquer ato que for feito por funcioários ou terceiros envolvidos com op nosso ministério ? garantiu o ministro.

Na linha de defesa contra as denúncias, o ministro citou funcionários que seriam os responsáveis pelas informações repassadas à imprensa. Um dos citados pelo ministro é Raimundo Nonato de Oliveira Santos, ex-procurador da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que teria advogado contra a própria companhia num processo movido pela Sociedade Produtora de Alimentos Manhuaçu (Span).

Técnicos da Controladoria Geral da União já começaram a recolher computadores no Ministério da Agricultura para ter acesso a documentos que possam conter indícios de irregularidades.

O ministro ressaltou que ainda não escolheu o substituto de Milton Ortolan, o qual pediu demissão do cargo de secretário executivo da Pasta no último sábado, dia 6, após denúncias da revista Veja sobre o seu envolvimento com o lobista Júlio Fróes. Rossi afirmou que tentou convencer Ortolan a apenas se licenciar durante o período de investigação das denúncias, mas o ex-secretário “se sentiu insultado pelo tipo de situação e pediu demissão em caráter irrevogável”.

Durante a conversa com jornalistas, Rossi defendeu as nomeações políticas feitas para cargos de livre provimento.

? O requisito é competência. Parente não credencia nem descredencia ? disse. Rossi assegurou que não tem parentes no governo, “mas considera a contratação legítima”.

O ministro atribui as críticas às nomeações políticas à “mentalidade corporativa contras as pessoas de fora”. Questionado se estaria sendo alvo de uma disputa política que atinge o PMDB, o ministro afirmou que não é homem de teorias conspiratórias. Ele prefere atribuir a série de denúncias a ex-funcionários inescrupulosos e disputa entre grupos no Ministério da Agricultura. Ele afirmou que não controla tudo, “mas vai responsabilizar os subordinados até o último grau”.

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