A reportagem diz que a Ourofino teria recebido autorizações do governo no ramo de patentes e registrou crescimento de 81% devido à inserção da firma na campanha de vacinação contra a febre aftosa.
Confira a resposta do ministro:
“O processo de autorização para a empresa Ourofino Agronegócios pudesse produzir o medicamento Ourovac Aftosa iniciou-se no Ministério da Agricultura em setembro de 2006.
Antes, portanto, da minha gestão à frente da pasta e de minha participação no governo.
Ao longo de quatro anos, os procedimentos técnicos que culminaram na autorização para fabricação da produto veterinário foram cumpridos rigorosamente.
A aprovação, liberação e licença para abertura da fábrica, por exemplo, ocorreram em março de 2009. Nessa ocasião, eu não era ministro da Agricultura.
E, diferentemente do que insinua a reportagem, a Ourofino não foi a única a receber tal autorização.
Também a Inova Biotecnologia (MG) recebeu licença do governo, em outubro de 2010, para fabricar a Aftomune, como é chamada a vacina contra a febre aftosa daquela empresa. No mesmo período em que a Ourofino foi licenciada.
Até 2009, apenas seis empresas, sendo cinco multinacionais, tinham autorização do governo para produzir e comercializar a vacina contra a febre aftosa no Brasil.
Empresas nacionais, como a Ourofino e a Inova, conseguiram o status oficial para a produção do medicamento veterinário. A decisão, técnica, teve como objetivo abrir o mercado.
Além dessas duas, também a empresa argentina Biogenesis obteve, em 2009, autorização para a produção da vacina.
As três empresas têm reputação no mercado e cumpriram todos os pré-requisitos, sem privilégios ou tratamento especial.
Por último, informo que, em raras ocasiões, utilizei como carona o avião citado na reportagem.
Brasília, 16 de agosto de 2011
Wagner Rossi
Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento”