O mapeamento é feito a partir de análises de clima, solo e de ciclos de cultivares, a partir de uma metodologia validada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), para reduzir os riscos relacionados aos fenômenos climáticos e permitir que cada município identifique a melhor época de plantio da cultura, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares. A técnica, segundo o governo, tem sido facilmente assimilada pelos produtores rurais e agentes financeiros.
Foram aprovados os zoneamentos agrícolas dos Estados do Acre, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, com um calendário claro sobre os períodos mais seguros para os produtores.
Nos casos de municípios do Maranhão, de Alagoas, da Paraíba e de Pernambuco foram definidas tabelas com diferentes períodos. Produtores do Rio Grande do Norte e de Sergipe, por exemplo, tiveram esses intervalos divididos entre cultivos irrigados ou cultivos de sequeiros.
O abacaxi, plantado em regiões tropicais e subtropicais de quase todos os Estados brasileiros, é um dos produtos agrícolas que exerce importante impacto sobre a geração de renda e emprego no país.
De acordo com análise do Ministério da Agricultura, a necessidade de água da planta varia ao longo do ciclo, depende do estágio de desenvolvimento e das condições de umidade do solo. O estudo ainda mostra que o crescimento e o desenvolvimento do pé de abacaxi são bastante influenciados pela temperatura e que a umidade relativa do ar também exerce influência sobre a cultura. As mudanças súbitas da umidade podem prejudicar o desenvolvimento do fruto afetando, inclusive, o valor comercial.