A melhor época para colher um feijão assim é fevereiro. Mas, na tentativa de obter um melhor preço, o agricultor Derci Cenci plantou mais cedo, pois queria colher o quanto antes. Resultado: teve perda de 70% nos 40 hectares de lavoura.
Uma alternativa para Cenci seria o Zoneamento de Risco Climático, que ajuda o agricultor na hora de plantar. É uma ferramenta que indica os melhores locais, época e tecnologia para uma colheita farta, diminuindo a chance de prejuízos causados pelo clima.
? Talvez se essas orientações tivessem chegado na mão do produtor ou da cooperativa, talvez o produtor teria alterado a cultura, mas infelizmente agora tem que colher prejuízo ? diz Cenci.
Quarenta culturas já estão mapeadas em 24 Estados. O Rio Grande do Sul foi o que mais aderiu ao zoneamento. Anualmente, são incluídas informações sobre novos produtos, regiões e alternativas de plantio.
? Para o produtor, é uma garantia de que ele vai ter possibilidade de colher, ter uma boa safra. Para o banco, é uma garantia de que ele colhendo, tem condições de pagar, e para a seguradora, tem a garantia de que o risco que ela está assumindo está minimizado com o zoneamento ? explica o diretor de Gestão de Risco Rural do Ministério Agricultura, Welington Soares de Almeida.
Com os dados em mãos, talvez na próxima safra, o produtor Derci Cenci tenha mais paciência.
? A gente pode evitar essas coisas ruins ? reflete Cenci.
O acesso ao zoneamento de risco climático é gratuito, e está disponível nos bancos, nas Emateres ou no site do Ministério da Agricultura (www.agricultura.gov.br)