Boi gordo: mercado registra nova alta de preços; arroba vai a R$ 311

Com restrição da oferta, os frigoríficos ainda encontram dificuldades na composição das escalas de abate, cenário deve mudar este mês

arroba do boi gordo
Foto: Secretaria de Agricultura de São Paulo

O mercado físico do boi gordo ainda é pautado pela restrição de oferta. No geral, os frigoríficos ainda encontram dificuldades na composição das escalas de abate, posicionadas entre dois e três dias úteis.

“Talvez haja algum avanço da oferta de animais de pasto no final do mês. No entanto, por se tratar de rebanho extensivo, tem grande peso a decisão de venda dos pecuaristas, que ainda possuem boas condições de retenção neste momento”, informa o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.

Apesar do recuo do câmbio, os frigoríficos habilitados a exportar para a China não mudaram seu comportamento, com muitos negócios acima da referência média. A demanda doméstica permanece como contraponto. As medidas de restrição da mobilidade mais severas em São Paulo remetem a limitações do funcionamento de bares, restaurantes e de outros estabelecimentos, o que certamente impacta na demanda, destaca o analista.

Nesta quinta, a arroba do boi gordo foi negociada por R$ 310 – 311 em São Paulo, R$ 295 em Goiás, R$ 304 em Minas Gerais, R$ 294 – 295 em Mato Grosso do Sul e R$ 298 em Mato Grosso.

Atacado

O mercado atacadista teve preços firmes ao longo da semana. O ambiente de negócios sugere por um menor espaço para reajustes no curto prazo, em linha com as medidas mais restritivas para conter o coronavírus em São Paulo.

O corte traseiro ainda é precificado a R$ 20, por quilo. O corte dianteiro permanece precificado a R$ 16,10, por quilo. Já a ponta de agulha permanece precificada a R$ 15,70, por quilo.