A contratação de crédito rural em julho, no primeiro mês da safra 2021/22, foi de 27 bilhões de reais, aumento de 16% em relação a julho de 2020. Segundo o Ministério da Agricultura, os investimentos somaram 6,8 bilhões de reais – crescimento de +38%, e as operações de custeio atingiram 16,5 bilhões de reais, elevação de 12%.
O comentarista do Canal Rural Miguel Daoud cita três fatores para esse aumento na contratação de recursos. A elevação dos custos de produção, o crescimento de mercado para os produtores rurais e a busca por crédito no auge da pandemia.
“O crédito para o agronegócio equivale ao oxigênio para o sangue humano.” compara Daoud. Sendo uma das grandes preocupações também. O comentarista fala da mudança na estrutura econômica do Brasil com as altas taxas de juros.
“Então é um cenário que com a inflação o produtor vai sem dúvida nenhuma ter um aumento dos custos e ter um aumento também no seu financiamento. Isso com uma população com dificuldades de consumir em decorrência da situação econômica.” complementa.
Daoud indica que os produtores rurais devem buscar a independência na questão do crédito, pois se tiver muito depende de crédito a produção e o custo operacional ficam muito alto, junto com uma rentabilidade operacional baixa.
“É muito positivo esse aumento, mas pelo cenário econômico fica um alerta para que os produtores tomem cuidado com possíveis elevações nas taxas de juros e consequentemente o câmbio vai impactar muito o custo de produção.” analisa Daoud.