O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou o Ato n° 05, no Diário Oficial da União desta segunda-feira (13), tornando público o registro de 22 produtos formulados, sendo um herbicida inédito no Brasil.
Essa publicação divulga quais foram os produtos formulados que foram registrados e efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores.
Dos produtos registrados hoje, quatro são de materiais biológicos inofensivos a seres humanos e outros animais.
Eles são compostos por Beauveria bassiana, Bacillus licheniformis, Bacillus subtilis Trichoderma harzianum, Trichoderma viride; além do baculovirus de Spodoptera frigiperda, específicos de lagartas.
“Até uns três anos atrás, grande parte dos produtos que eram utilizados para o controle de pragas eram de origem química e poucos de origem biológica. Porém, de alguns anos pra cá esse cenário vem mudando e hoje percebemos que os produtos de origem biológica vêm ganhando mercado. Isso é demonstrado pelo crescente número de registro de produtos de baixo impacto para controle de pragas”, explica a diretora do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do Mapa, Edilene Soares.
Em relação aos produtos químicos, foi registrado um herbicida com ingrediente ativo Tiafenacil, que é inédito no Brasil.
Este produto é um novo herbicida, com o ativo tiafenacil. Ele possui registro em bula para utilização em manejo pré-plantio de soja e milho, em pré-colheita de soja, algodão e feijão, e em jato dirigido para café e citrus. O ingrediente ativo em questão já está aprovado nos Estados Unidos da América e na Austrália.
Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país.
Os novos registros são importantes pois diminuem a concentração do mercado de defensivos e aumentam a concorrência. Isso acaba resultando em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.
Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pela Anvisa, pelo Ibama e pelo Mapa, órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, respectivamente, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.