Após ano atípico, devido à pandemia de coronavírus, a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) enxerga o futuro com otimismo. O presidente executivo da entidade, Rubens Barbosa, reconhece os desafios enfrentados e os que ainda virão.
“A pandemia afetou a vida das empresas e dos consumidores. Felizmente, tudo correu bem. Temos a perspectiva de saída, com as vacinas, e os resultados no ano que vem devem ser melhores com a dinamização dos mercados”, disse.
O diretor do conselho deliberativo da Abitrigo, João Carlos Veríssimo, celebrou a resiliência e a adaptação do setor, graças a uma “grande rede de cooperação”. Ele lembrou que a desvalorização do real pressionou “de forma importante” os custos e o capital de giro das empresas.
“Observamos um aumento global dos custos de matérias-primas, o crescimento, depois de anos,da inflação sobre os alimentos e a mudança nos hábitos de consumo, nos canais de distribuição e nas relações de trabalho”, Veríssimo acredita que a inovação terá um papel fundamental no próximo ano.
Os dois dirigentes da entidade concordaram que o Brasil enfrentará desafios no comércio internacional com os Estados Unidos a partir da eleição de Joe Biden. Para Veríssimo, “apesar de todas as dificuldades, é nas grandes crises que surgem as grandes possibilidades”. Barbosa vê o cenário como uma abertura de possibilidades de renovação e de busca de novas tecnologias para o setor.
O 27o Congresso Internacional da Indústria do Trigo acontece nesta quarta-feira e debate as mudanças recentes e os desafios futuros do setor.