Agronomia Sustentável

Série mostra agrônomo na energia eólica e empreendedorismo na Bahia e Sergipe

Programa traz ainda atuação desses profissionais no setor financeiro com a avaliação do crédito rural e incentivo a geração de empregos

Banhada pelas águas da baía de Todos os Santos, a capital baiana, Salvador, símbolo de fé e espiritualidade, está no nono episódio da série Agronomia Sustentável, veiculado neste sábado, 22. O programa mostra o papel do agrônomo no licenciamento ambiental para a instalação de parques eólicos e as ações desenvolvidas pelo Crea-BA voltadas para o empreendedorismo. O projeto Agronomia Sustentável é uma parceria do Canal Rural com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), os Conselhos Regionais (Creas) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

Na Bahia, as condições climáticas favoráveis posicionaram o estado no primeiro lugar no ranking nacional na produção de energia eólica. Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), atualmente são 188 parques em operação com capacidade para abastecer sete milhões de residências, beneficiando 21 milhões de habitantes. Geração de energia capaz de atender uma população maior que a do próprio estado, que é de cerca de 15 milhões, segundo o IBGE.

Dentro desse universo, o agrônomo tem papel de destaque. Além de fazer o levantamento das restrições ambientais do local, o profissional realiza um estudo ambiental exigido pela legislação.

Em Lauro de Freitas – a 28 km de Salvador – o agrônomo Biase Seabra conta sua experiência com parques eólicos. “Vamos ver primeiramente a questão da regularização fundiária dessa propriedade em que a empresa tenha o interesse de colocar e implantar o parque eólico. Se realmente na propriedade estava faltando algumas dessas coisas, a gente entrava, justamente para fazer esse processo de regularização, tanto fundiária, quanto ambiental”, relata.

Já Breno Wrasse escolheu o setor financeiro para seguir a profissão de agrônomo. Ele atua como fiscal na aplicação do crédito rural e como analista técnico de projetos agrícolas.

“O cliente chega com um projeto específico, como plantio de laranja, formação de pasto, financiamento de gado. A gente pega esse projeto, faz uma análise técnica e financeira. Se ele tiver uma viabilidade, a gente faz, agregado a isso, a avaliação do bem, que vai ser o lastro, para saber quanto ele pode pegar de financiamento”, afirma.

No estado da Bahia, o número de engenheiros agrônomos ativos soma 7.695. Uma das metas do Crea-BA é apoiar o empreendedorismo profissional por meio das parcerias com as instituições de ensino.

“A gente precisa gerar emprego para os profissionais da área agronômica. O desafio do conselho é dar apoio para que a gente consolide e torne a agricultura do estado ainda mais forte do que ela é”, destaca o presidente do Crea-BA, Joseval Carqueija.

Aracaju

Na capital de Sergipe, Aracaju, a agronomia também está presente no empreendedorismo. O engenheiro agrônomo Ricláudio Trindade atua em um escritório de consultoria e representação de produtos voltados para o setor agrícola. “A presença do agrônomo no comércio, no nosso entendimento, é fundamental. Isso passa credibilidade, isso passa uma responsabilidade em tudo que é recomendado, ainda mais considerando que se está em um ambiente urbano”, afirma.

Como empreendedor, ele viu no setor um cenário promissor e não demorou muito para expandir os negócios. Além da matriz em Aracaju, Trindade abriu duas lojas em cidades do interior para o fornecimento de sementes de milho, hortaliças e fertilizantes para nutrição de plantas.

Um outro recorte da série Agronomia Sustentável retrata a experiência do engenheiro agrônomo Gilberto Silveira, fundador e primeiro presidente da Empresa Júnior de Agronomia da Universidade Federal do Sergipe (Coplag). Hoje, ele atua como sócio de uma empresa na área de produção agropecuária no qual executa o processo de plantio, colheita e comercialização dos grãos. “Eu trabalho na gestão dessas empresas como também trabalho como consultor em campo e na área de produção de grãos”, afirma Silveira.