O mercado brasileiro de soja teve um dia praticamente sem ofertas às vésperas do Natal. Mesmo com a alta em Chicago, os preços da soja no Brasil ficaram mais baixos no dia, acompanhando a retração do dólar. As cotações se ajustam às novas safras e os agentes do mercado estão ausentes, em ritmo de fim de ano.
+ Incertezas políticas, climática e econômica deixam setor produtivo em Mato Grosso apreensivo
No consolidado da semana também foram registrados poucos negócios. Analistas de Safras & Mercado estimam algo entre 80 mil e 120 mil toneladas.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos caiu de R$ 181,00 para R$ 180,00. Ainda no Rio Grande do Sul, mas na região das Missões, a cotação recuou de R$ 180,00 para R$ 179,00. No Porto de Rio Grande (RS), o preço baixou de R$ 186,00 para R$ 183,50.
Em Cascavel (PR), o preço da soja teve retração de R$ 174,50 para R$ 172,50. No porto de Paranaguá (PR), a saca desvalorizou de R$ 181,00 para R$ 179,00.
A retração também foi registrada em mercados do Centro-Oeste. Em Rondonópolis (MT), por exemplo, a saca diminuiu de R$ 168,00 para R$ 166,00. Em Dourados (MS), a cotação foi de R$ 170,00 para R$ 168,00. Em Rio Verde (GO), a saca decresceu de R$ 163,00 para R$ 160,00.
Preços da soja: queda no Brasil, alta em Chicago
Os contratos futuro da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a sexta-feira (23) com preços mais altos. Na véspera do feriado de Natal, que deixa a bolsa fechada na segunda-feira (26), o suporte veio da forte elevação nos preços do petróleo e na fraqueza do dólar frente a outras moedas.
A previsão de chuvas benéficas às lavouras da Argentina nos próximos dias atuou como fator de pressão e impediu altas ainda maiores. Na semana, os contratos com entrega em janeiro caíram 0,07%.
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 124 mil toneladas de soja em grãos para destinos não revelados, a serem entregues na temporada 2022/23.
A China deve terminar o ano com estoques de passagem em mínimas históricas. Segundo analistas consultados pela agência de notícias Reuters, isso deve aumentar a dependência do país por importações em 2023.
Contratos futuros
Os contratos da soja em grão com entrega em janeiro fecharam com alta de 11,25 centavos de dólar por bushel ou 0,76% a US$ 14,79 por bushel. A posição março teve cotação de US$ 14,84 1/2 por bushel, com ganho de 12,50 centavos ou 0,84%.
Nos subprodutos, a posição janeiro/23 do farelo fechou com alta de US$ 3,30 ou 0,73% a US$ 455,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em janeiro fecharam a 65,93 centavos de dólar, alta de 0,13 centavos ou 0,19%.
Câmbio
O dólar comercial encerrou a sessão em queda de 0,36%, sendo negociado a R$ 5,1660 para venda e a R$ 5,1640 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,1160 e a máxima de R$ 5,1780. Na semana, o dólar teve desvalorização de 2,42%.
_____________
Saiba em primeira mão informações sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo. Clique aqui e siga o Canal Rural no Google News.