Economia

Bom desempenho do agro na economia atrai novos investidores

O campo é fértil em oportunidades de negócios, mas especialistas alertam que é preciso ter cuidado antes de aplicar o dinheiro

O bom desempenho do agro na economia brasileira e na balança comercial vem atraindo um número maior de investidores que buscam pegar carona nesse setor que vem crescendo ano a ano. O campo é fértil em oportunidades de negócios, mas especialistas alertam que é preciso ter cuidado antes de aplicar o dinheiro.

O agronegócio tem sido um dos principais fatores de desenvolvimento econômico no Brasil. O setor é responsável por  quase 27% do PIB. Apesar da pandemia, quem orbitou em torno do agro nos últimos dois anos, de uma maneira geral, andou na contramão da crise.

O setor de peças para máquinas agrícolas, por exemplo, é considerado um termômetro para o agronegócio. Quanto mais o agro produz, mais o produtor precisa fazer a manutenção e a prevenção de seus equipamentos.  

A Rech, especializada em peças para máquinas agrícolas, dobrou o número de lojas nos últimos dois anos. Já são 46 unidades entre próprias e franquias em 15 estados do país e a intenção é ter pelo menos uma loja em cada estado brasileiro nos próximos três anos.

“Quem pretende ser um franqueado, precisa conhecer muito bem a região onde pretende atuar. Para se tornar um franqueado o valor pode variar de R$ 800 mil a R$ 1,5 milhão. O retorno do investimento varia de 6 a 24 meses, e o faturamento pode chegar a R$ 24 milhões no ano”, destaca a gerente de marketing da Rech, Fabíola Molteni.

Alguns setores do agro continuam batendo recordes em função de investimentos em tecnologia e inovação por produtores para aumentar a produtividade. As startups são o melhor exemplo disso. Em 2021, foram investidos quase US$ 10 bilhões de dólares nessas ferramentas, uma boa parte delas voltadas ao agro.

“Das 14 mil startups hoje no Brasil, 1.570 são Agtechs, startups ligadas ao agronegócio. Isso representa quase 11% do total e a grande maioria delas está relacionada à tecnologia da inovação, ciência de dados, ferramentas digitais, biotecnologia e genômica. Ou seja, a função delas é fazer crescer a produtividade”, pontua o presidente da Fundepag, Álvaro Duarte.

Outra opção de investimento é o Fiagro, fundo de investimento nas cadeias agroindustriais, regulamentado no ano passado e que já tem hoje mais de 30 fundos registrados com valores que atingem R$ 7,5 bilhões de reais em ativos divididos em três modalidades, direitos creditórios, investimento imobiliário e em participações.

É um campo fértil de investimentos, mas como todo o investimento, é preciso ter alguns cuidados antes de aplicar o seu dinheiro.