Liderado pelo Brasil, o continente americano deve responder por 86% da produção mundial de soja no ciclo 2022/23. A participação equivale a 342,5 milhões de toneladas, de uma safra estimada em 395,37 milhões de toneladas.
A projeção é do USDA, o Departamento e Agricultura dos Estados Unidos, em relatório de oferta e demanda divulgado na sexta-feira (10).
O órgão do governo norte-americano eleva a produção brasileira a um novo patamar, de 140 milhões de toneladas, o equivalente a 35,5% da oferta global.
Estados Unidos vêm em segundo, com 126,28 milhões toneladas; Argentina em terceiro, com 51 milhões; e Paraguai em quarto, com 10 milhões.
Bolívia e Uruguai não aparecem no levantamento. Mas a considerar o último ciclo, juntos os dois países têm potencial para contribuir com pouco mais de 6 milhões de toneladas.
Soja
Os dados reforçam a alta concentração na oferta da oleaginosa. Sozinha, a América do Sul deve responder por 55% da produção global. A soma dos dois maiores produtores, Brasil e Estados Unidos, é ainda mais relevante, com expressivos 70% do potencial de produção mundial da commodity.
No ciclo 2021/22, por conta da estiagem que atingiu sobretudo Brasil e Paraguai, a produção do planeta ficou em 352 milhões de toneladas. A se confirmarem as projeções feitas pelo USDA para o próximo ciclo, o crescimento será de 12%. No Brasil, ainda segundo o relatório do USDA, a safra cresce 11%, de 126 milhões para 140 milhões de toneladas.
China
Maior importador mundial de soja, a China também cresce em produção, de 16,5 milhões de toneladas em 2021/22 para 18,18 milhões de toneladas em 2023.
Uma produção relativamente baixa se comparada às 99 milhões de toneladas importadas no ciclo 2021/22, volume adquirido no mercado internacional que segundo o relatório do USDA devem se repetir em 2022/23.
Segundo o USDA, para o próximo ciclo, somada produção e importação total em 117 milhões de toneladas, os chineses devem responder por 30% do consumo mundial de soja. Na temporada anterior esse balanço foi de 115 milhões de toneladas.
O ciclo 2022/23, já está em curso nos Estados Unidos com o plantio de soja e milho, começa a ser cultivado no Brasil na segunda quinzena de setembro.