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Agricultura

Café: Abic prevê melhor cenário para indústrias na próxima safra

Segundo o presidente da Abic, Ricardo Silveira, o otimismo está baseado na expectativa de safra mais volumosa do que o incialmente projetado

O cenário para as indústrias de café deve ser melhor na próxima temporada, em virtude da safra mais volumosa do que se esperava inicialmente no Brasil, afirmou o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Ricardo Silveira. “As chuvas ajudaram bem, vieram na hora certa, e beneficiaram muito as lavouras. Isso vai nos dar uma safra bem razoável”, disse em entrevista coletiva nesta semana.

A colheita do grãos já pode ser observada em áreas de Rondônia, mas o pico dos trabalhos deve ocorrer entre maio e julho. Ele destacou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) já fala em uma produção entre 58 milhões e 60 milhões de sacas de 60 kg, e alguns bancos projetam mais de 60 milhões, o que tende a pressionar o preço da matéria-prima. Silveira lembrou que no ano passado, mesmo com geada e seca, a safra de café superou as expectativas.

CAFÉ

“O mercado dizia que faltaria café, e hoje nós temos o suficiente – talvez não na qualidade que muitos desejam, mas ainda temos um bom volume da safra passada.”

Preços do café

Embora os preços de café costumem cair no início da safra brasileira, este ano eles devem se mover lateralmente, de acordo com o diretor executivo da Abic, Celírio Inácio da Silva. “Achamos que até o início de junho os preços tendem a ficar dessa forma”, disse ele, que também participou da entrevista coletiva. O executivo afirmou que o produtor deve enfrentar alta nos preços de insumos. “Adubos, por exemplo, já estavam bem altos e agora, com o conflito entre Rússia e Ucrânia, isso tende a piorar”, disse.

No entanto, ele lembrou que no fim do ano passado as perspectivas para a próxima safra brasileira eram piores do que são hoje. Ricardo Silveira disse acreditar que a guerra pode não ter influência tão grande, já que produtores só precisarão comprar adubos em setembro. “Acho que, até lá, as coisas voltam ao normal com relação à guerra e aos preços de fertilizantes.”

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