A Bolsa de Mercadorias de Nova York (Ice Futures US) para o café arábica encerrou as operações de terça-feira (25) com preços mais baixos. Foi a décima vez consecutiva que o produto se desvalorizou.
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Na décima sessão seguida de perdas, e batendo nos níveis mais baixos em mais de um ano, o café arábica voltou a ser pressionado pelo sentimento mais otimista em relação à oferta combinado com pessimismo em torno da demanda, em função da desaceleração do crescimento econômico, com sinais de recessão.
As condições climáticas seguem favoráveis no Brasil, com chuvas mais regulares benéficas ao pegamento das floradas. Assim, espera-se uma boa safra do país, enfim, em 2023. Além disso, o final de ano marca a colheita em importantes origens de arábica, como Colômbia e países da América Central, e do robusta vietnamita. Dessa forma, há a indicação combinada de uma oferta mais tranquila em um cenário global econômico de preocupações com recessão.
Novamente, a Bolsa de NY esboçou reação, teve ganhos em parte do dia, com o contrato de dezembro batendo na máxima em 192,80 centavos de dólar por libra-peso. No entanto, foi perdendo terreno e rompeu para baixo a linha de US$ 1,90, acelerando o movimento negativo com stops de comprados, que estão liquidando posições. Na mínima, dezembro bateu em 183,30 centavos, menor valor da posição em 14 meses.
Contratos de café
Os contratos com entrega em dezembro de 2022 fecharam o dia a 185,80 centavos de dólar por libra-peso, baixa de 4,60 centavos, ou de 2,4%. A posição março de 2023 fechou a 182,50 centavos, queda de 2,45 centavos, ou de 1,3%.
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