As exportações agropecuárias dos Estados Unidos (EUA) devem somar US$ 193,5 bilhões no ano fiscal 2023, que começa em 1º de outubro, de acordo com relatório trimestral do Serviço Agrícola Estrangeiro (FAS) e do Serviço de Pesquisa Econômica (ERS) do Departamento de Agricultura do país (USDA).
A projeção representa queda de US$ 2,5 bilhões ante a estimativa para o ano fiscal 2022, que é de um recorde de US$ 196 bilhões.
De acordo com o relatório, a queda deve refletir principalmente menores exportações de algodão, carne bovina e sorgo, que devem ser parcialmente compensadas por maiores embarques de soja e legumes, verduras e vegetais.
As exportações de algodão devem cair US$ 1,8 bilhão ante o ano fiscal 2022, por causa do clima seco nas principais regiões de cultivo, disse o USDA.
Já as vendas externas de carne bovina devem diminuir US$ 1,1 bilhão, com a oferta norte-americana mais apertada.
As exportações de sorgo devem cair US$ 700 milhões, para US$ 2 bilhões.
As exportações totais de grãos devem diminuir US$ 1,3 bilhão, para US$ 46,5 bilhões, segundo o relatório.
No caso da soja, a expectativa é de aumento de US$ 2,2 bilhões, para um recorde de US$ 35,2 bilhões, com os preços mais altos da oleaginosa.
As exportações agropecuárias dos EUA para a China devem ficar estáveis ante o ano fiscal 2022, em US$ 36 bilhões, de acordo com o USDA.
As exportações devem ficar em US$ 28,5 bilhões tanto para o Canadá quanto para o México, também sem variação na comparação entre os anos fiscais.
No ano fiscal 2023, as importações agropecuárias devem aumentar US$ 5 bilhões ante o ano anterior, para US$ 197 bilhões.
A alta deve ser motivada por maiores importações de grãos, legumes, verduras e vegetais, açúcar e produtos tropicais, disse o USDA.