Agricultura

México deve rever restrições contra o milho transgênico, aposta Glauber Silveira

Inicialmente, regras impostas pelo governo mexicano seriam válidas até 2024

A decisão do México em proibir o consumo de milho transgênico não deve se manter ativa até o fim de 2024, período em que estava inicialmente prevista. É o que acredita o comentarista do Canal Rural e diretor-executivo da Abramilho, Glauber Silveira.

De acordo com Silveira, a imposição de restrições contra o milho transgênico por parte do governo mexicano foi tomada sem base técnica. “Creio que eles vão rever. Não tem sentido, não há argumentos técnicos para seguir com essa medida”, apostou, ao participar da edição desta quinta-feira (18) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.

Silveira também apontou que decisões tomadas por órgãos reguladores de outros países tendem a reforçar que o México vai na contramão do restante do mundo ao criar barreiras contra a produção — e consequentemente o consumo — de milho transgênico.

“A produção transgênica não traz risco nenhum à saúde”, enfatizou o comentarista do Canal Rural. Nesse sentido, a análise de Silveira teve como base o fato de, no Brasil, o milho transgênico ter o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo ele, o mesmo ocorre com órgãos similares em locais como os Estados Unidos e a Europa.

Abramilho e Maizall no México

A aposta registrada por Glauber Silveira, de o México derrubar a proibição ao milho transgênico, ocorre no momento em que duas entidades do setor estão cumprindo agenda no país da América do Norte. Nesta semana, representantes da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) e da Aliança Internacional do Milho (Maizall) foram ao México para, entre outros pontos, mostrar os benefícios da biotecnologia agrícola.