- Boi: quedas seguem pontuais, diz Safras & Mercado
- Milho: saca se afasta cada vez mais dos R$ 100 em Campinas (SP)
- Soja: queda do dólar gera quedas em Paranaguá (PR)
- Café: preços ficam estáveis no Brasil; forte alta em Nova York compensa câmbio
- No Exterior: otimismo é renovado antes de inflação e Jackson Hole
- No Brasil: Bolsa se recupera e volta a superar 120 mil pontos
Agenda:
- Brasil: fluxo cambial semanal (Banco Central)
- Brasil: IPCA-15 de agosto (IBGE)
- EUA: estoques semanais de petróleo (DoE)
Boi: quedas seguem pontuais, diz Safras & Mercado
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a arroba do boi gordo teve mais um dia de quedas pontuais no mercado brasileiro em virtude das escalas de abate alongadas. Os recuos foram observados em Dourados (MS), onde a arroba passou de R$ 316 para R$ 315 e em Cuiabá (MT), de R$ 307/308 para R$ 306.
Na B3, os contratos futuros do boi gordo seguem capturando os recuos observados no mercado físico e tiveram mais um dia de forte queda nas cotações. O vencimento para agosto passou de R$ 313,05 para R$ 311,45, do outubro foi de R$ 313,00 para R$ 310,00 e do novembro foi de R$ 318,60 para R$ 317,90 por arroba.
Milho: saca se afasta cada vez mais dos R$ 100 em Campinas (SP)
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), segue se afastando cada vez mais dos R$ 100 por saca. A cotação variou -0,63% em relação ao dia anterior e passou de R$ 98,21 para R$ 97,59 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 24,08%. Em 12 meses, os preços alcançaram 62,84% de valorização.
Na B3, o comportamento dos contratos futuros do milho segue semelhante ao do mercado físico e a curva apresentou novos recuos. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 95,73 para R$ 95,27, do novembro foi de R$ 96,46 para R$ 96,28 e do março de 2022 passou de R$ 98,19 para R$ 97,85 por saca.
Soja: queda do dólar gera quedas em Paranaguá (PR)
Apesar da forte alta em Chicago, o indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve um dia de preços mais baixos em virtude da queda do dólar em relação ao real. A cotação variou -0,41% em relação ao dia anterior e passou de R$ 172,57 para R$ 171,86 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 11,67%.
Na bolsa de Chicago, os contratos futuros da soja tiveram um dia de forte alta seguindo o bom movimento observado em outras commodities nas principais bolsas mundiais. Dessa forma, o preço voltou a ficar acima de US$ 13 por bushel. O vencimento para novembro teve uma valorização diária de 3,02% e passou de US$ 12,926 para US$ 13,316 por bushel.
Café: preços ficam estáveis no Brasil; forte alta em Nova York compensa câmbio
De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no mercado brasileiro ficaram estáveis, com a forte alta em Nova York compensando a queda do dólar. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação ficou em R$ 1.050/1.060, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação ficou estável em R$ 1.060/1.070 por saca.
Na bolsa de Nova York, o dia foi bastante positivo para as cotações do café arábica. O mercado seguiu outras commodities no cenário internacional, como o petróleo, e teve forte alta, se afastando do nível de US$ 1,80 por libra-peso. O vencimento para dezembro subiu 2,14% na comparação diária e passou de US$ 1,8185 para US$ 1,8575 por libra-peso.
No Exterior: otimismo é renovado antes de inflação e Jackson Hole
As bolsas globais tiveram mais um dia positivo renovando o otimismo após a aprovação completa das duas doses da vacina da Pfizer pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária dos Estados Unidos, FDA. Ainda que em menor grau, altas foram disseminadas pelos principais índices de ações nos EUA e na Europa.
Com a proximidade do simpósio de Jackson Hole, em que os investidores aguardam o discurso de presidentes dos Bancos Centrais pelo mundo, e de dados de inflação nos EUA, o mercado deve evitar grandes variações. Caso os discursos ou a inflação surpreenda negativamente as expectativas, é provável que a volatilidade aumente no encerramento da semana.
No Brasil: Bolsa se recupera e volta a superar 120 mil pontos
A bolsa brasileira teve um dia de recuperação seguindo a alta do minério de ferro no mercado internacional e voltou a superar os 120 mil pontos. O Ibovespa teve uma valorização diária de 2,33% e fechou o dia cotado aos 120.210 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial teve uma queda de 2,23% e passou de R$ 5,382 para R$ 5,262.
Na agenda econômica de hoje, o grande destaque é a divulgação do IPCA-15 de agosto pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os investidores estarão atentos se os preços de energia e alimentação seguiram acelerando, e sobretudo, se os itens classificados como serviços também terão aumento da inflação na passagem entre julho e agosto.