Os Estados Unidos ameaçam iniciar uma disputa comercial com o México, caso os países não cheguem a um acordo sobre o comércio de milho geneticamente modificado, disse um alto funcionário do governo norte-americano, informa a agência de notícias Dow Jones. O México planeja proibir a importação de milho transgênico até 2024, acrescentando outro ponto crítico às tensões comerciais entre as duas nações.
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Mais de 90% do milho cultivado nos Estados Unidos é geneticamente modificado, de acordo com a National Corn Growers Association. O secretário de Agricultura dos EUA, Tom Vilsack, se reuniu com o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, no México, última na segunda-feira (28), em um esforço para resolver a disputa.
Em uma declaração posterior, Vilsack disse que se um acordo não for firmado, “o governo dos Estados Unidos seria forçado a considerar todas as opções, incluindo tomar medidas formais para fazer valer nossos direitos legais” sob o Acordo entre Estados Unidos, México e Canadá (USMCA, na sigla em inglês, antigo Nafta). Esse acordo, que entrou em vigor em 2020, foi concebido para garantir condições equitativas no comércio entre os três países e fornecer uma estrutura para a resolução de disputas.
México mantém restrições ao milho transgênico
López Obrador disse na terça-feira (29) que o México mantém sua proibição do milho geneticamente modificado para consumo humano, mas que ofereceu estender o prazo do milho amarelo para ração animal em dois anos, enquanto seu conteúdo está sendo estudado.
“Somos autossuficientes em milho branco e não vamos permitir a importação de milho amarelo para consumo humano”, afirmou o presidente do México. A proibição se aplica tanto ao milho amarelo quanto ao branco. O México importa grande parte de seu milho amarelo para alimentar o gado. Ambas as partes disseram esperar que os países consigam chegar a um acordo em comum.
O México foi o segundo maior mercado para as exportações de milho dos Estados Unidos em 2021, com gastos de US$ 4,7 bilhões, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Apenas a China supera o país, tendo comprado quase US$ 5,1 bilhões no ano passado.
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