O mercado do milho ainda deve sentir o possível avanço da nova variante do coronavírus. Na Bolsa de Chicago, os players aguardam uma consolidação dos preços, que tiveram valorização na última semana. No Brasil, os preços impulsionam as exportações, mas o clima adverso preocupa no Rio Grande do Sul.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Paulo Molinari:
No mercado externo destaque para a safra de trigo do Canadá e da Austrália levemente mais altas que as esperadas geraram alguma realização nesta commodity ao longo da semana. Consequentemente, alguma pressão sobre o milho na Bolsa de Chicago;
– Ômicron e viés de juros nos EUA também afetaram os mercados. Petróleo assumindo uma postura, pelo menos na semana, mais baixista pela combinação de fatores;
– Apesar do alto preço do milho na CBOT ainda não se notou uma grande variável baixista de curto prazo;
– Clima na América do Sul começa a pesar, pelo menos para o Sul do Brasil. Argentina segue com clima normal até o momento.
Para o mercado interno, o brasileiro vê no câmbio, nos preços externos firmes e na baixa exagerada de preços internos a reativação das exportações neste fechamento de ano;
– Dezembro saltou para uma programação de 3,6 milhões de toneladas;
– A pressão exagerada nos preços internos possibilitou a retomada das exportações
– Agora, o quadro climático no Rio Grande do Sul se agrava, as chuvas em novembro foram abaixo do normal e dezembro aponta para ausência de chuvas no estado;
– Não há situações graves em Santa Catarina e Paraná, porém, as chuvas precisam retomar rapidamente;
– O Rio Grande do Sul pode estar concretizando perdas de 30% até o momento. Se as chuvas não avançarem em dezembro a situação será pior pela fase da cultura, com polinização e pendoamento;
– Mercado voltou a apontar para altas diante da retomada das exportações e do clima na região Sul.