Nesta sexta-feira, 1º, o governo federal lançou o Programa Nacional Águas do Agro, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em Bonito, em Mato Grosso do Sul.
De acordo com o governo, o novo programa dialoga com os esforços em promover a sustentabilidade nos processos produtivos da agropecuária brasileira, por meio da disseminação de tecnologias fundamentadas em manejos conservacionistas do solo e da água. Com a adoção do planejamento do uso da terra e de tecnologias integradas com o uso dos recursos naturais, potencializa-se a produtividade e a saúde dos solos.
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento em exercício, Marcos Montes, destacou a importância da participação do produtor rural e dos municípios na iniciativa. “O programa é para profissionalizar o produtor rural, mas também quem trabalha nas prefeituras”.
A diretora do Departamento de Produção Sustentável e Irrigação do Mapa, Mariane Crespolini, explicou que o programa levará orientações para as propriedades rurais com disponibilidade hídrica crítica, que recebem menos assistência técnica com a maior presença de solos descobertos e erosão acentuada, e municípios que recebem menos assistência técnica e com maior proporção de propriedades com uso de irrigação.
“Temos cerca de 70 milhões de hectares de pastagens no país. E milhões deles têm algum grau de degradação. Esse é um grande desafio para erosão de solo, mas também uma grande oportunidade. O Brasil pode multiplicar a sua produção de alimentos na mesma área”, afirmou.
Já o secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Mapa, Fernando Camargo, ressaltou que o programa vai combater problemas, como a erosão do solo, além de melhorar a qualidade do solo e da água para a produção rural. “O Águas do Agro mostra que a fixação de carbono no solo é um grande ativo. E os ativos do produtor rural brasileiro são o solo, a água e o sol”.
Evento
Ainda em Bonito (MS), foi realizada a entrega de alimentos a famílias indígenas e quilombolas, representadas por Indianara Candelário, da etnia Terena, e Amarildo da Silva, do distrito Águas do Rio Miranda.
Lá também foi anunciada importante iniciativa para a retomada do turismo na região. O Sebrae apresentou o Programa de Nomadismo Digital Viva Mais Bonito.
O programa incentiva o turismo de longa permanência de nômades digitais e trabalhadores remotos, preparando o trade local para a experiência desses moradores temporários. Essa metodologia será replicada para outros destinos do país.