Na abertura da Agrishow, nesta segunda-feira (25), em Ribeirão Preto, o ministro da Agricultura (Mapa), Marcos Montes, destacou a força do produtor rural brasileiro e a expansão da produção de trigo no país. O evento teve a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, e demais autoridades do Governo Federal.
O ministro destacou trabalho do Brasil para reduzir as importações de fertilizantes e trigo. A partir de pesquisas da Embrapa, o Mapa aprovou o plano de trabalho para suporte à expansão da produção de trigo na região tropical do Brasil Central com foco em três linhas principais: transferência de tecnologia, caracterização dos municípios produtores e combate à brusone, principal doença limitante da cultura na região.
As ações de pesquisa e transferência de tecnologia deverão envolver diversos setores da cadeia produtiva de grãos nos estados de São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia.
Em 2021, a produção brasileira de trigo chegou a 7,7 milhões de toneladas, com importação de outras 6,2 milhões de toneladas. Entre os resultados esperados com a aprovação do Termo de Execução Descentralizada do Trigo Tropical está a expansão da área em 100 mil hectares de trigo na região (25 mil hectares irrigado e 75 mil hectares em sequeiro), produção que pode representar 300 mil toneladas a mais de trigo, desonerando em R$ 450 milhões a balança comercial das importações de trigo no Brasil.
Ainda durante o seu discurso na Agrishow, o ministro ressaltou a atuação do agro brasileiro durante o período de pandemia, o qual os produtores rurais mantiveram a produção de forma a abastecer o mercado interno e atender os compromissos internacionais.
“Vivemos a pandemia, algo que mexeu com o mundo todo e, claro, com o Brasil. Mas que mexeu pouco com a produtividade do homem do campo, com os homens que constroem este país. A nossa indústria não parou, o nosso produtor não ficou em casa, foi ao campo, como sempre faz, diuturnamente trabalhando. É por isso, com a tecnologia, a ciência, a tenacidade, a persistência do homem do campo e a fé da indústria no homem do campo que o Brasil do campo teve um eco de vitória”, disse o ministro.