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'Programa que dá crédito a caminhoneiro traz economia de combustível e ajuda meio ambiente'

Segundo o ministro Joaquim Leite, o Brasil tem dificuldades de 'aposentar' caminhões velhos que aumentam emissões de poluentes

O Brasil é um dos mais importantes fornecedores de créditos de carbono do mundo. O Brasil é responsável por menos de 3% de emissões globais. É uma oportunidade de gerar créditos de diversas formas e exportar aos países e empresas que precisam compensar emissões.

Com uma frota de mais de 460 mil veículos com mais de 20 anos de fabricação e ainda circulando, o Brasil enfrenta o desafio ambiental de “aposentar” esses veículos e diminuir a quantidade de emissões de carbono de origem automotiva. Para tanto, o governo federal prepara um programa de incentivo de troca de veículos pesados que deve ser lançado nos próximos dias, anunciou nesta terça-feira (5) o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em entrevista ao programa A Voz do Brasil.

Foto: Divulgação

“É um programa que vai incentivar o caminhoneiro a trocar o seu veículo por um veículo novo, que com certeza vai economizar combustível e evitar a emissão de poluentes”, informou.

Segundo Leite, o programa deverá se chamar Renovar, mas ainda não foram revelados detalhes de quais vantagens serão oferecidas ou quem será beneficiado pela iniciativa. A medida provisória que institui o programa foi publicada na última semana pelo governo federal. Veja mais detalhes nesta matéria.

O ministro informou que o país ganhou destaque no cenário internacional pela oferta de créditos de carbono e pela rápida adaptação à matrizes sustentáveis e renováveis de energia.

Sobre a recente participação na reunião da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre políticas ambientais – organização a qual o Brasil pleiteia fazer parte. Joaquim Leite explicou que a administração pública está empenhada em participar do mercado global verde e oferecer soluções sustentáveis para parceiros.

“O grande desafio atual e global são as energias renováveis. O Brasil conseguiu ir a esse encontro e mostrar políticas que o governo federal vem fazendo, como de biometano, como de energias renováveis e de hidrogênio verde”, disse.

“O Brasil, sim, é parte da solução e fará uma contribuição global em energias renováveis”, complementou.

No quesito resíduos sólidos, o ministro atualizou o número de lixões que tiveram as atividades encerradas no âmbito do programa Lixão Zero, que tem como objetivo extinguir a prática de acúmulo de detritos sólidos em aterros. “Ë um programa que tem dado bons resultados. São 647 lixões que já foram fechados. É uma agenda importante e estamos no caminho certo: eliminar os lixões a céu aberto no Brasil.”