Os recursos da subvenção do prêmio do seguro rural para as culturas de grãos de verão se esgotaram, conforme comunicou o Ministério da Agricultura (Mapa) às seguradoras. A informação foi confirmada à reportagem do Canal Rural pelo diretor do departamento de Gestão de Riscos do Mapa, Pedro Loyola.
O pouco de recursos que ainda restam estão destinados para grãos de verão, como milho 1º safra e soja, para as regiões Norte e Nordeste e outras modalidades. Os produtores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste já não conseguem mais contratar o seguro com o benefício da subvenção.
O Mapa tenta uma suplementação dos recursos junto ao Ministério da Economia. O valor solicitado chega a R$ 376 milhões. Do montante destinado ao Programa de Seguro Rural (PSR), aproximadamente R$ 890 milhões, já foram negociados. Com isso, restam aproximadamente R$ 34 milhões para finalizar os recursos previstos no orçamento destinados à subvenção. O PSR teve orçamento disponibilizado de R$ 924 milhões, informou o diretor.
Alta dos grãos impactou seguro rural
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Para o presidente da Comissão de Seguro Rural da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg), Joaquim Neto, a alta dos preços dos grãos implicou para que os recursos de subvenção acabassem antes de começar a safra de verão.
“Para 2021 nós tivemos um aumento do valor dos insumos e também do valor das commodities de grãos na ordem de 40%. Isso acaba refletindo na alta de valor segurado. A gente vem acompanhando isso desde o começo do ano e posicionamos uma necessidade de mais recursos para obter a subvenção para mais agricultores. Os recursos de subvenção para este ano também aumentaram, mas não foram suficientes para a demanda”, pontua Neto.
O representante da Fenseg disse que as negociações de seguro rural ainda continuam, mas não há certeza de que os produtores irão ter acesso ao benefício.
“As seguradoras estão comercializando, mas não temos como dar garantia dessas subvenções. Estamos comercializando normalmente e ela vai até o final do ano. Se não tiver novos recursos de subvenção o agricultor tem que pagar o prêmio cheio, sem o auxílio do governo”, esclarece.
