Os preços do milho nesta semana ainda poderão sentir os reflexos do câmbio, fato que favorece as negociações nos portos brasileiros. Além disso, é observado um aumento da oferta pelo país e tendência de queda nos preços para o curto prazo.
Acompanhe abaixo os fatos que deverão merecer a atenção do mercado de milho na próxima semana. As dicas são do analista da Safras Consultoria, Fernando Henrique Iglesias.
- Após 4 anos, Mato Grosso volta a importar milho de outros países
- Oferta de milho no Brasil vai crescer e chegar a 128,3 mi de toneladas em 2022
– O mercado brasileiro de milho ainda se depara com perspectiva de queda no curto prazo;
– Foi evidenciado avanço da oferta de milho em grande parte do país, os consumidores conseguem avançar em suas posições nos últimos dias;
– No entanto, os desafios ainda são variados, o primeiro deles passa a ser a desvalorização cambial que promove avanço importante nos preços dos portos;
– No momento perder espaço para as exportações seria bastante problemático no último bimestre, considerando a situação do abastecimento que segue longe de ser confortável;
– Em Santos (SP), houve indicação de compradores nos portos entre R$ 88 e R$ 91, ao sabor das flutuações cambiais no decorrer do dia;
– O cenário segue desafiador e mantém a exigência de proatividade por parte dos consumidores, uma vez que o abastecimento de milho só será plenamente solucionado com a entrada da safrinha 2022;
– No mercado externo, o foco permanece no avanço do trabalho de campo no Meio-Oeste norte-americano. – Este é o maior elemento de pressão sobre os preços no curto prazo;
– Acompanhar os relatórios semanais de evolução do plantio oferece uma boa perspectiva sobre o avanço da safra;
– Como contraponto, precisa ser indicada uma potencial atuação da China no mercado de milho norte-americano;
– Nesse contexto, acompanhar as vendas líquidas semanais divulgadas pelo USDA são um termômetro importante para o mercado.