A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou a assinatura do acordo entre Mercosul e União Europeia, oficializado durante a cúpula realizada nesta sexta-feira (6), em Montevidéu.
O acordo cria novas cotas de exportação para carnes de frango e suína com condições tarifárias diferenciadas, fortalecendo a relação comercial entre os blocos.
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Dentro do acordo está estabelecida uma nova cota para exportações de carne de frango no total de 180 mil toneladas equivalente-carcaça (50% com osso e 50% de carne desossada) com tarifa zero para embarque à União Europeia, que será compartilhada pelos países-membros do Mercosul.
A cota deverá ser atingida ao longo de seis anos; após esse período, a cota será de 180 mil toneladas anuais. Por exemplo: 30 mil toneladas no primeiro ano, 60 mil toneladas no segundo, até alcançar o total de 180 mil toneladas.
Para carne suína, foi criada uma cota de 25 mil toneladas com tarifa de 83 euros por tonelada, também seguindo o mesmo modelo de implementação gradual em seis anos.
Impacto no mercado brasileiro
O presidente da ABPA, Ricardo Santin, destacou que o acordo trará vantagens competitivas para os exportadores brasileiros, ao ampliar as possibilidades de embarques para o mercado europeu.
“As cotas atuais serão mantidas, e as novas estabelecidas pelo acordo deverão ser ocupadas, em especial, pelas exportações de produtos brasileiros. Isso cria condições mais vantajosas em relação ao que temos hoje”, afirmou Santin.
Entre janeiro e novembro de 2024, o Brasil exportou 205 mil toneladas de carne de frango para a União Europeia, gerando uma receita de US$ 749,2 milhões, diz a entidade. Com a ampliação das cotas, a expectativa é de que o setor fortaleça ainda mais sua presença no mercado europeu.