Logo, segundo o especialista, o impacto sobre o agronegócio brasileiro será menor do que alguns temiam. “Os Estados Unidos vão exportar mais, claro, mas a nossa percepção é de que a demanda seguirá boa, há espaço para todo mundo. Os chineses tiveram um abastecimento tranquilo a partir do Brasil e não abrirão mão disso, principalmente porque foram os EUA quem romperam as negociações”, afirma.
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O diretor do SIM Consult, Liones Severo, classificou o anúncio da assinatura do acordo comercial como a “melhor notícia de 2019” para os produtores brasileiros. “Isso traz muita vantagens: elevará os patamares de preços das commodities no mercado mundial. É um ciclo virtuoso”, diz. Sobre a possibilidade da China comprar US$ 50 bilhões dos Estados Unidos, Severo acredita que o país asiático pode até tentar, mas os americanos talvez não tenham condições de atender. Com isso, a projeção de Liones Severo é de elevação nos preços da soja e do milho, que vivem um cenário de escassez global. “O mundo está muito carente, e isso naturalmente encaminhará os preços para melhores patamares”, afirma.