O Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), da Argentina, confirmou mais um caso de gripe aviária no país, nesta quarta-feira (22).
Trata-se de uma ave silvestre encontrada morta na cidade de Zapala, na província de Neuquén.
Ao todo, já são 9 casos de gripe aviária confirmados até o momento no país: 5 na província de Córdoba, 1 em Salta, 1 em Santa Fé, 1 em Jujuy e 1 em Neuquén.
De acordo com o governo, outros 100 casos suspeitos são analisados.
O Senasa afirma que está trabalhando em ações sanitárias e de rastreamento nas regiões onde as aves infectadas foram encontradas.
O órgão também diz que reforçou os controles de fronteira devido à ocorrência de um caso de gripe aviária no Uruguai.
Nesta quarta-feira, o órgão pediu que o setor produtivo reforce medidas de manejo, higiene e biossegurança de suas granjas e notifique imediatamente qualquer detecção de sinais clínicos nervosos, digestivos ou respiratórios, diminuição na produção de ovos, no consumo de água ou alimentos e alta mortalidade em aves domésticas ou silvestres.
Gripe aviária na América do Sul
Além de Uruguai e Argentina, que verificaram casos em aves silvestres que aparecem mortas em parques nacionais nos últimos dias, há registros da doença no Peru, Colômbia, Chile, Venezuela, Equador e Bolívia.
No Brasil, maior exportador de aves do mundo, por enquanto, não há casos registrados da doença.
Diante do avanço da doença em plena América do Sul, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) reforça o pedido para que os produtores rurais do estado — e de todo o país — reforcem as medidas de prevenção, a fim de evitar ocorrências relacionadas ao vírus da influenza aviária.
Nesse sentido, a entidade reforça que, diante de casos suspeitos, é necessário notificar as autoridades responsáveis.
No estado de São Paulo, por exemplo, a federação avisa que a Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) está disponível para receber esses alertas pelo telefone 19-3045-3350.
Além disso, a equipe da Faesp informa que, em nível nacional, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) conta com a plataforma e-Sisbravet para registros.
Presidente da Faesp, Fábio de Salles Meirelles reforça que, ao menos em solo paulista, o trabalho contra a gripe aviária vai além do apoio da CDA e do Mapa. Ele avisa que conta desde já com a ajuda dos sindicatos rurais e da imprensa para que o estado e o Brasil como um todo sigam livre da doença que já se espalha por outros oito países sul-americanos. Além de Uruguai e Argentina, o vírus foi detectado na Bolívia, no Chile, na Colômbia, no Equador, no Peru e na Venezuela.
“Manter o status sanitário do Brasil como livre da enfermidade é uma responsabilidade a ser compartilhada por toda a sociedade” — Fábio de Salles Meirelles
“Solicitamos aos sindicatos rurais que deem ampla divulgação das orientações prestadas junto aos veículos de comunicação local, mídias sociais, além de afixarem o cartaz em locais públicos de grande circulação de pessoas”, diz Salles Meirelles. “A campanha deve alcançar também a população urbana, pois manter o status sanitário do Brasil como livre da enfermidade é uma responsabilidade a ser compartilhada por toda a sociedade”, prossegue o dirigente.
Por entender que a ocorrência de um único foco de gripe aviária no Brasil “seria um evento desastroso” e com potencial para “provocar graves consequências econômicas e sociais à avicultura e a outras cadeias produtivas”, a direção da Faesp desenvolveu e começou a divulgar um cartaz com o objetivo de conscientizar, sobretudo, os produtores rurais e trabalhadores da avicultura comercial. A campanha, segundo a entidade, também se destina a responsáveis por criações domésticas de menos escala ou subsistência, além de criadores de aves silvestres e exóticas.
O material disponibilizado pela Faesp (veja a arte abaixo) reforça as principais medidas de prevenção e vigilância contra a influenza aviária. O cartaz também mostra como tais ações devem ser adotadas no dia a dia pelos produtores rurais.